Xi compareceu no evento depois de se ter reunido horas antes com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, para tentar estabilizar os laços e evitar que a relação, cada vez mais competitiva, resulte num confronto aberto.
"A China nunca aposta contra os Estados Unidos e nunca interfere nos seus assuntos internos. A China não tem qualquer intenção de desafiar os Estados Unidos ou de destituir o país. Pelo contrário, ficaremos felizes por ver os Estados Unidos confiantes, abertos, em constante crescimento e prósperos", afirmou o líder chinês, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.
Xi expressou a esperança de que Washington "dê as boas-vindas a uma China pacífica, estável e próspera".
O líder chinês considerou que é um "erro" ver a China, que está "empenhada no desenvolvimento pacífico", como uma ameaça, e alinhar num pensamento de "tudo ou nada" contra o seu país.
Xi sublinhou que a cooperação mutuamente benéfica é a "tendência dos tempos atuais" e uma "propriedade inerente" das relações entre as duas potências.
"A China está a procurar um desenvolvimento de alta qualidade e os Estados Unidos estão a revitalizar a sua economia. Há muito espaço para a nossa cooperação e somos plenamente capazes de nos ajudarmos mutuamente a ter sucesso e a alcançar resultados mutuamente benéficos", afirmou o Presidente chinês.
O jantar, realizado à margem do fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que decorre em São Francisco até sexta-feira, reuniu magnatas e presidentes de empresas que pagaram até 40.000 dólares por uma mesa de oito pessoas.
A China está a tentar reanimar a sua economia, que tem recuperado mais lentamente do que o previsto após três anos de pandemia e crise imobiliária.
A visita de Xi aos Estados Unidos surge também numa altura em que as empresas norte-americanas e ocidentais estão a tentar reduzir o risco nas suas cadeias de abastecimento, transferindo algumas das suas operações para fora da China.
Em outubro, os EUA aumentaram as restrições às exportações para a China de semicondutores e de tecnologia para o desenvolvimento de inteligência artificial, ao que Pequim reagiu com controlos das exportações de grafite, crucial para o fabrico de baterias de veículos elétricos.
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