Numa mensagem publicada na conta pessoal na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, Ben Gvir sustentou a afirmação depois de um ataque terrorista ainda por reivindicar, ao início do dia, a um posto de controlo a sul de Jerusalém, que feriu sete pessoas.
"O ataque em Gush Etzion prova mais uma vez que o conceito falha não só em Gaza, mas também na Judeia e Samaria [o nome bíblico para a Cisjordânia usado pelas autoridades israelitas para se referirem ao território]", disse Ben Gvir.
"Temos de confrontar o Hamas e a Autoridade Nacional Palestiniana, que tem uma visão semelhante à do Hamas e cujos dirigentes simpatizam com o massacre perpetrado pelo Hamas [nos ataques de 07 de outubro], da mesma forma que o fazemos em Gaza", afirmou.
Ben Gvir disse que confiar no Presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que descreveu como "um negacionista do Holocausto", é um ato de "ilegalidade".
"A contenção vai rebentar-nos na cara, tal como aconteceu em Gaza. É altura de agir", afirmou.
Ben Gvir é um dos elementos mais extremistas do governo israelita, chefiado por Benjamin Netanyahu e constituído por partidos de extrema-direita e ultraortodoxos.
Desde que foi nomeado ministro, Ben Gvir fez uma série de declarações que suscitaram críticas, incluindo a sua defesa de que a mobilidade dos colonos na Cisjordânia, região controlada pela ANP, associada à organização Fatah, deve prevalecer sobre a dos palestinianos.
Além disso, descreveu os colonos responsáveis por ataques a aldeias palestinianas na Cisjordânia como "crianças doces" e fez visitas à Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, ações fortemente criticadas pelas autoridades palestinianas e pelos países muçulmanos da região.
O ataque de hoje perpetrado por três indivíduos armados, todos eles "neutralizados" pelas forças de segurança, e deixou sete feridos, um dos quais em estado crítico.
Até ao momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do tiroteio, que ocorreu quando o veículo foi intercetado num posto de controlo.
Por seu lado, o chefe da polícia israelita, Kobi Shabtai, citado pelo diário 'Haaretz', afirmou que os atacantes "tinham o objetivo de perpetrar um massacre".
"Não sei qual era o objetivo do ataque, mas a quantidade de munições e o que transportavam indicam que tencionavam ficar durante muito tempo", afirmou.
O incidente ocorreu no meio de um escalar da violência que se intensificou este ano após os ataques do Hamas em território israelita, a 07 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos, tendo o movimento islamita feiro mais de 240 reféns.
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelos islamitas, informaram que mais de 11.200 pessoas foram mortas na ofensiva israelita contra o enclave, enquanto mais de 180 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos.
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