Sudão. UE enviou 161 toneladas de ajuda humanitária no fim de semana

A União Europeia (UE) anunciou hoje que enviou este fim de semana para o Sudão 161 toneladas de ajuda humanitária, que incluem medicamentos para combater o surto de cólera no país. 

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© AFP via Getty Images

Lusa
20/11/2023 17:16 ‧ 20/11/2023 por Lusa

Mundo

Sudão

É o quinto transporte aéreo humanitário da UE para o Sudão desde o agravamento da crise interna provocada pelos confrontos entre o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) em abril, declarou o organismo, em comunicado.

O Comissário responsável pela gestão da crise, Janez Lenarcic, advertiu que a situação no Sudão é "extremamente alarmante" e que, mais uma vez, são os civis inocentes que "suportam o peso do conflito".

"Reitero o meu apelo a todas as partes para que respeitem o direito internacional humanitário a fim de proteger os civis", afirmou Lenarcic, referindo que o acesso humanitário deve ser garantido.

A guerra, que eclodiu a 15 de abril, na sequência de divergências entre o exército e as RSF sobre a integração do grupo paramilitar nas forças armadas, fez descarrilar o processo de transição que se seguiu ao derrube de Omar al-Bashir  após 30 anos no poder.

O grupo paramilitar sudanês declarou hoje ter tomado o controlo de uma base militar na capital, Cartum.

Num comunicado publicado na conta na rede social X (antigo Twitter), as RSF afirmam que tomaram a base de Jabal al Auliya e a ponte que liga a cidade a Omdurman, antes de sublinhar que "infligiram pesadas perdas ao inimigo".

O grupo paramilitar, declarado rebelde após a eclosão da guerra a 15 de abril, obteve conquistas em várias partes do país nas últimas semanas.

Foram também acusados de atrocidades na região de Darfur, incluindo o assassinato de "centenas" de civis da comunidade de Masalit no início de novembro, afirmaram as Nações Unidas na sexta-feira.

Em resposta, dois antigos grupos rebeldes que operavam na região e que assinaram o acordo de paz de 2020 anunciaram na semana passada que iriam apoiar o exército no confronto com as RSF, as quais acusaram de "crimes contra a humanidade" e de "tentar dividir o Sudão".

O conflito já causou milhares de mortos e mais de 7,1 milhões de deslocados internos no Sudão, tornando-o o país africano com o maior número de deslocados internos do mundo, segundo as Nações Unidas.

As partes mantiveram recentemente conversações na Arábia Saudita, mas não chegaram a acordo sobre um cessar-fogo.

Leia Também: Sudão. Combates em Abyei matam 32 pessoas, incluindo um soldado da ONU

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