Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, Ding, que recebeu Belousov na segunda-feira, propôs o "aprofundamento da cooperação em matéria de investimento" entre os dois países, para "implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado" nas suas recentes reuniões.
As propostas de Ding incluem "aumentar o planeamento e a direção da cooperação bilateral em matéria de investimento", "reforçar o apoio e a orientação para as empresas dos dois países" e "promover a complementaridade regional, coordenar melhor o comércio, investimento, canais e construção de plataformas".
"Trata-se igualmente de aprofundar a cooperação prática nos domínios da agricultura e das infraestruturas de transportes", frisou o vice-primeiro-ministro chinês.
"Precisamos de oferecer em conjunto uma nova visão para a cooperação a longo prazo, reforçando as sinergias, de modo a criar um ambiente de investimento bilateral saudável", disse Ding, citado pela Xinhua.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações.
Desde então, Moscovo e Pequim têm afirmado que os seus laços "não ameaçam nenhum país" e que visam "promover um mundo multipolar".
A China tem mantido uma posição ambígua no conflito. Pequim apelou ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países" com a segurança, em referência à Rússia.
Pequim tem procurado contrariar as críticas de que apoia a Rússia e apresentou um plano de paz de 12 pontos que foi recebido com ceticismo pela Ucrânia e pelos seus aliados ocidentais.
A China continuou a aprofundar os seus intercâmbios com Moscovo, incluindo a nível militar, comercial e de investimento.
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