Jordânia recusa pedido para evacuar hospital de campanha em Gaza
O primeiro-ministro jordano, Bisher Al-Jausaneh, afirmou hoje que, devido ao desastre humanitário palestiniano, recusou o pedido de Israel para fechar e evacuar o hospital de campanha que administra na cidade de Gaza.
© Ahmed El Mokhallalati/Reuters
Mundo Israel/Palestina
"A Jordânia recebeu alertas de Israel para evacuar o Hospital de Campo da Jordânia e não respondeu a essas exigências", disse o primeiro-ministro numa entrevista à rede televisiva saudita Al Arabiya.
No norte do pequeno território palestiniano, alguns hospitais são alvo direto de ataques do exército israelita, que acusa o movimento islamita palestiniano, Hamas, de utilizar as instalações hospitalares como bases militares.
O Hospital de Campanha da Jordânia, fundado em 2009 no bairro de Al Rimal, no norte de Gaza, é um dos últimos hospitais ainda em funcionamento na cidade, mesmo após os ataques israelitas.
O rei Abdullah II da Jordânia declarou que as operações no hospital não irão ser interrompidas em qualquer circunstância e ordenou o envio de dois carregamentos de provisões para as instalações, através de transportes aéreos do exército jordano, em conjunto com Israel.
O primeiro-ministro jordano não só se recusou a evacuar o hospital, como recordou também que dezenas de camiões carregados com materiais de construção e material médico entraram recentemente em Gaza, com o objetivo de erguer mais um centro médico na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Fazem parte da equipa médica de apoio ao sistema hospitalar palestiniano cerca de 145 médicos jordanos especializados em várias áreas.
O segundo hospital de campanha conta com 41 camas, uma unidade de cuidados intensivos, incubadoras, departamentos de obstetrícia e ginecologia, bem como uma farmácia e um laboratório, entre outros serviços, informaram as autoridades da Jordânia.
Em todo o território, faltam ambulâncias, eletricidade, equipamento e pessoal.
A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
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