"As tropas israelitas continuam a operar na Faixa de Gaza para matar terroristas, destruir infra estruturas terroristas e localizar armas armazenadas dentro de edifícios civis", afirmou hoje um porta-voz militar.
O Hamas, que governa Gaza, é considerado um movimento terrorista por Israel, Estados Unidos e pela União Europeia.
Os meios de comunicação palestinianos, como a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, noticiaram que dezenas de habitantes de Gaza foram mortos nas últimas horas em alegados atentados bombistas em várias partes do território, sem adiantar pormenores.
De acordo com o Exército de Israel, a aviação atacou combatentes do Hamas que disparavam projéteis ao início da manhã.
"As tropas terrestres efetuaram ataques direcionados" a um bairro da cidade de Jabalia, no norte, e durante a operação, membros do Hamas "foram identificados na zona e eliminados".
Além disso, esta manhã, "as tropas neutralizaram um túnel" de onde saiu um elemento do Hamas, que foi morto depois de disparar contra os soldados, indicou o Exército de Israel.
As tropas "identificaram terroristas e localizaram armas numa estrutura utilizada" pelo Hamas, acrescentou, após o que mataram milicianos (membros do Hamas) que se encontravam no local "e destruíram o posto".
"Durante o último dia, como parte da assistência às tropas terrestres", as forças navais israelitas atacaram vários alvos do Hamas, "incluindo uma estrutura a partir da qual eram disparados tiros de franco atiradores contra os soldados, bem como vários postos militares ao longo da costa", acrescentou o Exército.
Nos últimos dias, as tropas israelitas também estiveram ativas em Beit Hanoun, no norte, onde realizaram "rusgas direcionadas" e "localizaram numerosas armas, espingardas Ak-47, machados e munições armazenadas no interior de uma residência civil".
Os ataques do Exército surgem no momento em que o governo israelita e o Hamas aceitaram um acordo mediado pelo Qatar e pelo Egito que pode vir a estabelecer uma trégua temporária de quatro dias em Gaza, um cessar-fogo que deverá começar na quinta-feira.
Este acordo é feito em troca de uma série de condições, sendo a principal a troca, numa primeira fase, de cerca de 50 crianças e mulheres israelitas mantidas como reféns em Gaza pela libertação de cerca de 150 menores e mulheres palestinianas que se encontram nas prisões israelitas.
O cessar-fogo temporário implica uma pausa durante a qual Israel também se compromete a permitir a entrada em Gaza de mais camiões que transportem ajuda humanitária, incluindo material médico e combustível.
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