Segundo fontes citadas pela agência de notícias palestiniana Wafa, um 'drone' das forças israelitas "bombardeou uma casa e uma concentração de cidadãos", provocando seis mortos e vários feridos, na sequência de uma incursão militar israelita na zona.

De acordo com o exército israelita, "um veículo aéreo não tripulado efetuou um ataque a suspeitos que lançaram explosivos e dispararam contra as forças israelitas" em Tulkarem.

"Quatro terroristas que estiveram envolvidos num grande número de ataques contra comunidades e soldados israelitas na zona foram mortos durante o ataque", acrescentou o exército num comunicado.

O ataque resultou ainda na detenção de dez pessoas, sendo que as tropas "localizaram engenhos explosivos prontos a usar situados ao longo das estradas".

As forças militares desmantelaram também uma sala de observação utilizada para o controlo das atividades das forças de segurança israelitas.

Antes, o exército israelita invadiu a cidade e o campo de refugiados por volta da meia-noite, no meio de confrontos entre as tropas e os residentes locais, causando grande destruição material.

Tulkarem, no noroeste da Cisjordânia, tem sido, além de cidades como Jenin e Nablus, outro dos pontos de maior violência do conflito israelo-palestiniano nos últimos meses, na maior escalada de tensão no território em duas décadas.

No dia 20 de outubro, uma dezena de palestinianos e um membro das forças de segurança israelitas foram mortos em confrontos na cidade, numa operação em que Israel utilizou também um 'drone' e helicópteros.

Nos últimos meses, a utilização de 'drones' pelas forças israelitas tem-se tornado cada vez mais frequente na Cisjordânia, à medida que as tensões aumentam.

Há pouco mais de uma semana, uma outra operação israelita em Tulkarem que envolveu um ataque com um 'drone' a um grupo de suspeitos resultou na morte de pelo menos sete palestinianos.

Um jovem palestiniano foi também morto a tiro pelas forças israelitas esta manhã, num ataque à aldeia de Azun, no noroeste da Cisjordânia ocupada, enquanto outro jovem de 16 anos morreu durante um ataque israelita à aldeia de Burin, esta tarde.

A Cisjordânia e Israel vivem a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, desde o início deste ano, já morreram 436 palestinianos no contexto do conflito israelo-palestiniano, a maioria dos quais rebeldes em confrontos armados com tropas israelitas, mas também civis, incluindo 86 menores.

Em paralelo, a região foi palco da proliferação de novos grupos armados palestinianos, que realizam cada vez mais ataques e fizeram 37 mortos do lado israelita, a maioria deles colonos, cinco dos quais menores e sete profissionais de segurança.

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