Médio Oriente. Governo tailandês congratula-se com libertação de reféns

O primeiro-ministro da Tailândia congratulou-se hoje com a libertação dos reféns tailandeses na Faixa de Gaza, após intensas negociações paralelas que incluíram contactos diretos com o movimento islamita Hamas.

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© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images

Lusa
27/11/2023 13:45 ‧ 27/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Estou feliz", escreveu Srettha Thavisin na rede social X ao saudar a libertação, no domingo, de três tailandeses detidos pelo Hamas em Gaza, no terceiro dia de tréguas com Israel, elevando para 17 o número de reféns da Tailândia libertados desde sexta-feira.

A libertação dos reféns tailandeses deveu-se a negociações paralelas das autoridades tailandesas não estando relacionadas com o acordo alcançado entre Israel e o Hamas, mediado pelo Qatar, o Egito e os Estados Unidos, para a libertação de outros reféns.

Um dos negociadores tailandeses, o antigo deputado do sul da Tailândia Areepen Utarasint (região de maioria muçulmana), disse no domingo que o país negociou diretamente com o Hamas, que, segundo declarou, facilitou a libertação destes reféns tailandeses.

Os tailandeses "foram libertados (o primeiro grupo) e em maior número do que outros países que são superpotências", escreveu Areepen.

No sábado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês agradeceu às autoridades de Israel, do Qatar, do Irão, da Malásia e do Comité Internacional da Cruz Vermelha e a outros "envolvidos nos imensos esforços que conduziram à libertação".

No mesmo dia, a embaixada iraniana em Banguecoque referiu a mediação, que incluiu a preparação do encontro de enviados tailandeses com representantes do Hamas em Teerão.

"Durante a visita de funcionários da República Islâmica a Beirute, o Irão entregou aos representantes do Hamas uma lista dos reféns tailandeses e pediu a libertação", declarou a delegação iraniana.

Os trabalhadores do país em Israel, cerca de 30 mil, constitui um dos grupos de estrangeiros mais afetados pelo ataque do Hamas de 07 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, incluindo 39 tailandeses, e fez mais de 200 reféns, incluindo os cerca de 30 tailandeses.

Após a operação militar do Hamas, as autoridades tailandesas iniciaram negociações em duas vertentes, uma oficial e outra informal.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês, Parnpree Bhahiddha-Nukara, deslocou-se ao Qatar e ao Egito no início de novembro para se encontrar com os homólogos e com Hossein Amir-Abdollahia do Irão.

Entretanto, uma delegação de políticos muçulmanos tailandeses nomeada pelo presidente do Parlamento tailandês, Wan Muhamad Noor, e que incluía Areepen, reuniu-se no Irão com representantes do Hamas para apelar à libertação dos reféns de nacionalidade tailandesa.

As autoridades de Banguecoque estão a trabalhar no repatriamento dos reféns libertados e esperam que os restantes 15 tailandeses detidos pelo Hamas sejam libertados em breve.

O acordo alcançado entre o Hamas e Israel, com a mediação do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos, prevê a libertação de 50 reféns israelitas em troca de um total de 150 prisioneiros palestinianos, e poderá ser prolongado se o Hamas aceitar entregar pelo menos dez prisioneiros por dia.

Israel declarou guerra ao Hamas a 07 de outubro.

Segundo números do movimento islamita, a ofensiva israelita contra o enclave palestiniano de Gaza governado pelo Hamas já matou mais de 14.800 pessoas, a maioria das quais crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil estejam desaparecidas sob os escombros.

Leia Também: Militar israelita sequestrada pelo Hamas saúda libertação de reféns

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