O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, participa na reunião. Pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa), o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, darão uma conferência de imprensa.
Entre hoje e quarta-feira, os governantes com a pasta da diplomacia dos 31 Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) reúnem-se no quartel-general da organização com o propósito de enviar um sinal político e diplomático de que a invasão da Rússia à Ucrânia não está esquecida e ainda é a prioridade.
O conflito que eclodiu há mais de 640 dias, depois de um 'primeiro ensaio' em 2014 com a invasão da Crimeia, perdeu força mediática, com as atenções mediáticas e diplomáticas voltadas para o Médio Oriente, particularmente o conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas e o desastre humanitário na Faixa de Gaza.
Mas para descartar potenciais dúvidas sobre a continuidade do apoio à Ucrânia, e quando dentro da União Europeia se aglomeram vozes contra a ajuda económico-financeira, os chefes da diplomacia dos 31 Estados-membros querem transmitir que o apoio a Kiev é inequívoco e está para durar, enquanto a guerra perdurar.
Com a guerra hoje numa fase de atrito e uma contraofensiva a avançar a um ritmo que a NATO e o governo de Kiev consideram ser o normal, mas qualificado de "impasse" pelo próprio chefe de Estado Maior ucraniano, são cada vez maiores as dúvidas sobre a longevidade do apoio ocidental.
A situação no Médio Oriente não vai ficar, no entanto, esquecida, e os governantes deverão discutir como fazer perdurar a trégua de quatro dias, prolongada na segunda-feira por mais dois dias, para libertação das pessoas sequestradas pelo Hamas e de cidadãos palestinianos detidos pelas forças israelitas.
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