"Estou satisfeito por ver que os reféns estão a voltar [...], queremos que [a trégua] continue durante o maior tempo possível para retirar o maior número de pessoas [sequestradas] possível", sustentou Blinken, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, no quartel-general da organização, em Bruxelas.
O diplomata dos Estados Unidos disse que está hoje em Bruxelas para discutir o agravamento das tensões no Médio Oriente, desencadeado pelo conflito entre o Hamas e Israel: "A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] está a desenvolver ações importantíssimas para fazer face a todos os desafios com que nos deparámos, e vamos enfrentá-los juntos".
Em simultâneo, e numa altura em que é questionada a continuação do apoio dos Estados Unidos da América (EUA) à Ucrânia, pelo arrastamento do conflito e pela influência que terá nos cofres da Reserva Federal, Antony Blinken quis apaziguar, pelo menos, os ânimos diplomáticos, garantindo que o país e todos os aliados continuam ao lado de Kiev: "É ainda mais importante que continuemos a apoiar a Ucrânia".
O secretário de Estado dos EUA acrescentou que a reunião de hoje e quarta-feira também vai ser o 'pontapé de saída' para a organização da próxima cimeira da NATO, o 75.º aniversário, no próximo ano, em Washington.
Nesse sentido, Blinken disse que a cimeira vai ser um ponto de partida para uma visão estratégica reforçada da NATO em todos os flancos, não só o leste, não apenas o Médio Oriente, mas também o Indo-Pacífico e o sul, nomeadamente África, onde, por exemplo, a presença de grupos paramilitares como a russa Wagner ou organizações extremistas, operam e estão a ganhar tração há anos.
À chegada à mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, também referiu que a reunião serviria para começar a preparar a cimeira do próximo ano e destacou a atenção que vai ser dada ao flanco sul, uma preocupação particular de Portugal, vertida nas conclusões da cimeira deste ano, em julho.
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