Houthis ameaçam voltar a atacar caso trégua em Gaza não seja prolongada

Os rebeldes Houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, ameaçaram hoje voltar a atacar e "ampliar as suas operações" por terra e por mar contra Israel, se a trégua na Faixa de Gaza, que termina na sexta-feira, não for prolongada.

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© Getty Images

Lusa
30/11/2023 22:42 ‧ 30/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, referiu num comunicado, citado pela agência EFE, que os Houthis afirmam "a sua total disponibilidade para retomar as operações militares contra o inimigo israelita", caso Israel "decida retomar a agressão a Gaza".

Caso o exército israelita volte a bombardear o enclave palestiniano, os rebeldes "não hesitarão em expandir as suas operações militares contra a entidade israelita, para incluir alvos que talvez não esperem, em terra ou no mar".

Yahya Sarea indicou ainda que o movimento xiita "continua a impedir" o movimento de navios de bandeira de Israel ou de propriedade israelita no Mar Vermelho, onde nas últimas semanas ocorreram vários incidentes, como ataques e sequestros de cargueiros.

O porta-voz lembrou que as operações militares dos Houthis "terminarão assim que terminar a agressão israelita contra a Faixa de Gaza".

Israel e o movimento islamita Hamas acordaram hoje prolongar a trégua humanitária na Faixa de Gaza por mais um dia, nas mesmas condições das pausas anteriores: a libertação diária de dez reféns nas mãos do Hamas, em troca da libertação de 30 presos palestinianos de prisões israelitas.

Entretanto, continuam os esforços de mediação liderados pelo Catar e o Egito para prolongar a trégua por mais dois dias.

Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque daquele grupo islamita em território israelita, que incluiu o lançamento de mais de quatro mil mísseis e a entrada de cerca de três mil milicianos, que mataram perto de 1.200 pessoas e sequestraram 240 em comunidades israelitas perto da Faixa de Gaza.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: ONU considera corretos os números do Ministério da Saude de Gaza

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