Entre os chefes de estado e de governo que se reuniram no Dubai para as negociações da 28.ª conferência da ONU sobre alterações climáticas inclui-se Lukashenko, acusado pelos líderes da União Europeia (UE) de repressão contra a oposição bielorrussa e de aliança com a Rússia na invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Os líderes da Lituânia, Letónia e Polónia -- todos aliados da Ucrânia -- justificaram a sua decisão de não aparecer na tradicional foto de abertura da COP28 com a presença do Presidente bielorrusso.
"Chamamos-lhe fotografia de família, Lukashenko não faz parte da nossa família", afirmou o presidente lituano, Gitanas Nauseda, em comunicado.
"Seria hipócrita estar lado a lado com o líder de um país que se tornou numa base de retaguarda para a agressão russa contra a Ucrânia e discutir o futuro do mundo e as alterações climáticas como se não fossem nada", acrescentou o Náusea.
A Lituânia e a Letónia, duas antigas repúblicas soviéticas, estão entre os mais fortes críticos da Rússia e do aumento da ajuda militar a Kiev.
Os dois países e a Polónia acusaram as autoridades de Minsk de orquestrar um fluxo artificial de migrantes para a União Europeia, numa tentativa de desestabilizar a região.
Representantes de quase todos países do mundo estão reunidos no Dubai até 12 de dezembro para a COP28, em que será feito o primeiro balanço global de oito anos de ação climática.
O país que acolhe a cimeira - Emirados Árabes Unidos - é um dos maiores produtores mundiais de petróleo.
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