Comboio de passageiros volta a ligar Moçambique e Zimbabué

A Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) vai retomar, a partir de terça-feira, o transporte ferroviário de passageiros na linha de Machipanda, via que liga a cidade moçambicana da Beira e o Zimbabué, anunciou hoje a empresa.

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© Twitter/AnthoGonzalez56

Lusa
04/12/2023 10:00 ‧ 04/12/2023 por Lusa

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Ferrovia

A CFM avança em comunicado que o comboio irá circular às segundas e sábados, no sentido Beira - Machipanda, e às terças-feiras e domingos, no sentido inverso.

"A linha de Machipanda, com uma extensão de 317 quilómetros, partindo da Beira à extensão fronteiriça de Machipanda, é de relevância estratégica do Corredor da Beira, em especial para o vizinho Zimbabué, cujas exportações e importações são assegurados pelos portos e corredores moçambicanos. É também uma importante via de dinamização da vida social", refere-se na nota.

Paralelamente ao comboio de longo curso que volta a circular a partir de terça-feira, também volta a ficar ativa uma automotora entre as cidades da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, e de Chimoio, província de Manica, duas vezes por semana, diz o comunicado.

A empresa CFM também anunciou na mesma nota a introdução de uma terceira carreira na linha de Sena, entre Beira e o distrito de Moatize, "uma medida que se apresenta útil para a circulação de pessoas e bens".

A linha férrea de Machipanda foi sujeita a reabilitação e modernização, tendo sido reinaugurada no dia 23 de novembro pelos presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Zimbabué, Emerson Mnangagwa. Nyusi disse na ocasião que a linha férrea de Machipanda está "mais segura e confortável", como resultado da reabilitação e modernização da infraestrutura.

 "A linha férrea de Machipanda já está aberta ao transporte de passageiros, 26 anos depois, e de forma mais segura e confortável, após reabilitação e modernização da via", afirmou Nyusi, na sua página do Facebook.

O Presidente avançou que a requalificação da estratégica linha aumenta consideravelmente o volume de carga transportada e reduz o tempo de trânsito de comboios e o custo de viagem.

 "Os comboios de carga circulavam com muitos problemas, pois a via tinha muitas curvas e raios apertados, sujeitando a acidentes ou privação da velocidade", notou.

Leia Também: Estratégia de Transição Energética vai colocar Moçambique na "vanguarda"

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