O emir apelou ainda a uma investigação internacional sobre o que classificou de "crimes brutais" cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
Al-Thani reiterou, no entanto, na abertura da cimeira do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) em Doha, o compromisso de prosseguir os esforços de mediação, "juntamente com parceiros", para restaurar a trégua entre Israel e o Hamas, em Gaza.
"É vergonhoso para a comunidade internacional permitir que este crime hediondo continue durante dois meses, durante os quais o assassinato sistemático e intencional de civis indefesos, incluindo mulheres e crianças (...) famílias inteiras foram eliminadas", afirmou.
"Toda a gente se interroga sobre o significado da comunidade internacional e, se essa entidade existe realmente, porque é que abandonou as crianças da Palestina", declarou o emir do Qatar.
Nesta linha, acrescentou que "expressões como 'dois pesos e duas medidas' tornaram-se as mais populares, e isso significa que a legitimidade internacional pode ser vítima desta guerra bárbara".
Segundo as autoridades de Gaza, mais de 15.800 pessoas foram mortas no território e estima-se que cerca de sete mil estejam sob os escombros desde o início da guerra, há dois meses, na sequência de um ataque do Hamas em solo israelita, que fez mais de 1.200 mortos e 240 reféns, parte dos quais regressaram a Israel, trocados por presos palestinianos.
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