"A quantidade mínima será determinada periodicamente pelo Gabinete de Guerra" em função da situação humanitária, acrescentou nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
Segundo o gabinete de Netanyahu, o aumento no fornecimento de combustível é "necessário para evitar um colapso humanitário e a eclosão de epidemias no sul da Faixa de Gaza", que é controlada pelo Hamas.
Desde que iniciou a guerra conta o Hamas, após o ataque que sofreu em 07 de outubro, Israel cortou o fornecimento de bens essenciais à Faixa da Gaza, como água potável, medicamentos ou combustível.
O anúncio do Governo surge num contexto de aumento da pressão internacional, uma vez que os combates se intensificam no sul da Faixa de Gaza, um pequeno enclave palestiniano onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou na quarta-feira para "uma rutura total da ordem pública em breve devido às condições desesperadas" em Gaza.
O chefe da ONU manifestou o receio de que mesmo uma ajuda humanitária limitada se torne impossível, devido aos "bombardeamentos constantes" das forças israelitas e à "ausência de abrigo ou do mínimo para sobreviver".
Guterres invocou pela primeira vez desde que chegou à liderança da ONU, em 2017, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, suscitando críticas duras de Israel.
O artigo em causa permite ao líder da ONU chamar a atenção do Conselho de Segurança para uma questão que "possa pôr em perigo a manutenção da paz e da segurança internacionais".
Em resposta, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, descreveu o mandato do antigo primeiro-ministro português como um "perigo para a paz mundial".
Os líderes dos países do G7, incluindo os principais parceiros de Israel, apelaram na quarta-feira a uma ação "mais urgente" para fazer face à crise humana em Gaza.
O anúncio de Israel surge dois dias depois de o seu principal aliado, os Estados Unidos, ter apelado à entrada de mais combustível em Gaza, com os diplomatas norte-americanos a referirem-se a "conversas muito francas".
O Hamas disse que os bombardeamentos israelitas mataram mais de 16.200 pessoas na Faixa de Gaza em dois meses.
As hostilidades foram desencadeadas em 07 de outubro por um ataque sem precedentes de comandos do Hamas infiltrados em Israel a partir de Gaza, que, segundo as autoridades, matou 1.200 pessoas, na maioria civis.
[Notícia atualizada às 00h27]
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