"Digo aos terroristas do Hamas: acabou. Não morram por Sinwar. Entreguem-se já!", disse Netanyahu, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete, afirmando que "chegou o princípio do fim" para o grupo islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
"Nos últimos dias, dezenas de terroristas do Hamas renderam-se às nossas forças. Estão a depor as armas e a entregar-se", acrescentou.
As forças aéreas, terrestres e navais do exército israelita intensificaram os ataques na Faixa de Gaza, onde 17.997 pessoas morreram e 49.229 ficaram feridas desde o início da ofensiva, a maioria crianças, mulheres e idosos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Hoje, forças da artilharia israelita atuaram dentro do enclave palestiniano pela primeira vez desde o início da guerra, há mais de dois meses, com combates a terem lugar em praticamente todo o território.
A guerra eclodiu após um ataque do Hamas, em 07 de outubro, que incluiu o lançamento de milhares de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 militantes em território de Israel, que mataram, segundo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 pessoas e fizeram mais de duas centenas de reféns.
Desde então, o exército israelita levou a cabo uma implacável ofensiva militar contra o enclave palestiniano, que só cessou durante sete dias - de 24 a 30 de novembro -- de cessar-fogo mediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que incluiu a libertação de 105 reféns pelo Hamas em troca de 240 palestinianos detidos em prisões israelitas.
O grupo islamita advertiu hoje que nenhum dos reféns será libertado a menos que Israel concorde em trocá-los por prisioneiros palestinianos em Israel.
Também hoje, o Governo israelita rejeitou uma proposta para permitir a entrada no país de trabalhadores palestinianos da Cisjordânia, proibida desde 07 de outubro com consequências para a economia de Israel.
O ministro das Finanças, de extrema-direita, Bezalel Smotrich, disse que todos os ministros, exceto o da Agricultura, Avi Dichter, votaram contra a proposta.
O setor agrícola é o mais afetado pela escassez de mão de obra desde o início da guerra, principalmente devido à ausência de trabalhadores palestinianos.
As explorações agrícolas israelitas ficaram sem entre 10.000 e 20.000 trabalhadores palestinianos, que atravessavam a fronteira da Cisjordânia para trabalharem nos campos israelitas até ao início das hostilidades entre Israel e o Hamas.
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