"Temos estado a implementar sanções contra o regime e os seus apoiantes (...). Espero que as autoridades oficiais da Bielorrússia sejam democraticamente eleitas e representem plenamente o povo bielorrusso. (Até lá) continuaremos a sancionar o regime e a apoiar a sociedade civil e em força eleições democráticas", disse Borrell a Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa no país.
"É uma boa oportunidade para condenar veementemente a contínua repressão do regime do (presidente bielorrusso Alexander) Lukashenko contra a sua própria população e também para condenar o seu apoio à guerra do (presidente russo Vladimir) Putin contra a Ucrânia", afirmou Borrell.
O chefe da diplomacia europeia e Tsikhanouskaya fizeram uma breve declaração esta noite na sede do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), na véspera da reunião em Bruxelas dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e dos seus homólogos de cinco dos seis países da Parceria Oriental (Arménia, Azerbaijão, Geórgia, República da Moldávia e Ucrânia), sob a presidência de Borrell.
"Amanhã [segunda-feira], os ministros (da UE), juntamente comigo, reunir-se-ão com os ministros dos países da Parceria Oriental, mas a cadeira da Bielorrússia ficará novamente vazia porque não reconhecemos aqueles que roubam as eleições e reprimem a sua população", que foi o que fez o presidente bielorrusso, "ele roubou eleições e reprimiu o povo bielorrusso", observou Borrell.
Para compensar esta ausência, continuou Borrell, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e da Parceria Oriental falaram esta noite com Tsikhanouskaya para mostrar o seu compromisso "em colaborar com o povo bielorrusso, não podendo fazê-lo com as autoridades oficiais".
E, para sublinhar esse compromisso, o chefe da diplomacia europeia anunciou hoje um apoio financeiro adicional de 30 milhões de euros à sociedade civil e às forças democráticas bielorrussas, elevando este valor para 140 milhões de euros a partir de 2020.
"Eu sei, querida Sviatlana, que isto é uma gota de água no oceano das necessidades do povo bielorrusso e da oposição, mas fazemos todo o possível para apoiá-lo", sublinhou Borrell.
Embora tenha dito estar ciente de que se trata de "pregar no deserto", o político espanhol aproveitou a oportunidade para apelar publicamente ao regime de Lukashenko para que liberte todos os presos políticos, acabe com a repressão, participe num diálogo nacional inclusivo e organize eleições democráticas.
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