Os EUA demonstraram apoio às Filipinas "face a estas ações perigosas e ilegais", indicou o porta-voz Matthew Miller, numa declaração do Departamento de Estado norte-americano, divulgada no domingo.
Miller defendeu que navios da China "usaram canhões de água e [realizaram] manobras imprudentes", causando "danos aos navios" das Filipinas, ao largo de Scarborough, um recife controlado por Pequim ao largo da ilha filipina de Luzon, no sábado, e novamente perto de Second Thomas, um atol nas ilhas Spratly, no domingo.
"Os navios da República Popular da China no recife de Scarborough também usaram dispositivos acústicos, incapacitando tripulantes filipinos e afastando barcos de pesca filipinos", acrescentou na mesma nota.
"Estas ações refletem não apenas um desrespeito imprudente pela segurança e pelos meios de subsistência dos filipinos, mas também pelo direito internacional" para "minar a estabilidade regional", afirmou.
O Departamento de Estado norte-americano lembrou que, de acordo com uma "decisão juridicamente vinculativa" de um tribunal internacional emitida em julho de 2016, a China não tem "reivindicações marítimas legais" sobre as águas em torno de Second Thomas e que os filipinos têm direitos de pesca tradicionais nos arredores.
Um navio filipino em missão de reabastecimento foi abalroado no domingo por um navio da guarda costeira chinesa, disseram as autoridades filipinas, enquanto a China acusou o navio de "colidir deliberadamente" com a embarcação chinesa.
Manila e Pequim têm uma longa história de disputas marítimas no mar do Sul da China, por onde passam anualmente milhares de milhões de dólares em mercadorias.
Pequim reivindica praticamente todo o mar do Sul da China, incluindo as águas e as ilhas próximas das costas dos países vizinhos.
As Filipinas, o Brunei, a Malásia, Taiwan e o Vietname também reivindicam vários recifes e ilhotas naquele mar, algumas das quais podem conter ricas reservas de petróleo.
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