Delegação da ONU visita feridos palestinianos no Egito e apela a trégua
Uma delegação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) visitou hoje a zona de fronteira entre o Egito e Israel para visitar feridos palestinianos e pedir uma trégua na Faixa de Gaza.
© Mohammed Zaanoun/Middle East Images/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
A visita foi organizada pelos Emirados Árabes Unidos e contou com a presença de representantes do Reino Unido, China e Rússia, assim como funcionários pertencentes a países membros não permanentes, como o Equador, segundo a agência EFE.
De acordo com a mesma fonte, representantes de França e Estados Unidos, membros permanentes e com poder de veto, recusaram-se a participar nesta visita.
Além de visitarem os feridos palestinianos que se encontram internados em hospitais do Egito, a intenção desta iniciativa foi também perceber os constrangimentos que estão a impedir a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e pedir uma trégua ao conflito entre Israel e a Palestina.
A comitiva esteve no aeroporto de Al Arish, na região de Sinai do Norte, no Egito, local onde chegam todos os aviões que transportam ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza.
Esta visita ocorre poucos dias depois dos Estados Unidos vetarem novamente uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para pedir um cessar-fogo imediato em Gaza.
"É importante que os membros do Conselho que viajaram até aqui vejam, em primeira mão, os desafios que enfrentam os atores humanitários no terreno", afirmou, em declarações aos jornalistas no local, um representante dos Emirados Árabes Unidos.
Na visita participou também o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini, que sublinhou que as necessidades da população da Faixa de Gaza ""são imensas" e não são satisfeitas pelas limitações à entrada de ajuda humanitária".
O Egito tem denunciado repetidamente os "obstáculos israelitas" que provocam o atraso na entrada da ajuda na Faixa de Gaza e exigiu que Israel facilitasse este processo.
Israel está a exigir inspeções aos camiões de ajuda humanitária e aos camiões-cisterna de combustível na passagem de al-Awja, entre Israel e o Egito, antes de permitir que alguns deles regressem a Rafah e depois atravessem para Gaza.
A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque em solo israelita, em 07 de outubro, por comandos do Hamas infiltrados, durante o qual, segundo as autoridades israelitas, foram mortas 1.200 pessoas.
O Hamas também fez mais de 200 reféns, 138 dos quais permanecem em cativeiro.
Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, que está no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e foi classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel, tendo lançado sucessivos ataques na Faixa de Gaza.
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