A tensão entre os dois países sobre o Essequibo, que representa dois terços do território da Guiana, cresceu nas últimas semanas depois do governo de Nicolas Maduro ter realizado um referendo e lançado um plano para incorporar a região ao mapa venezuelano.
Durante um evento na sede da Marinha, em Brasília, o ministro da Defesa brasileiro, José Múcio, citado pela imprensa local, qualificou de "manobra política" o plano do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e considerou que um conflito entre os dois países seria "sem sentido".
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, falou com Maduro por telefone no sábado e disse-lhe que "é importante evitar medidas unilaterais que levem a uma escalada da situação".
A declaração conjunta dos países do Mercosul (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai), a que se juntaram o Chile, a Colômbia, o Equador e o Peru, foi divulgada após a realização da cimeira bianual do bloco no Rio de Janeiro.
Na nota, eles "exortaram ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica para a disputa, a fim de evitar iniciativas unilaterais que possam agravá-la".
Maduro e seu colega guianense, Irfaan Ali, têm agendada uma reunião na quinta-feira em na ilha São Vicente e Granadinas para discutir a disputa sobre o Essequibo.
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