Espanha espera fechar presidência da UE com negociações de adesão

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, disse hoje que espera fechar a presidência semestral espanhola da União Europeia com o início das negociações de adesão da Ucrânia ao bloco comunitário.

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© PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP via Getty Images

Lusa
13/12/2023 11:09 ‧ 13/12/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Chegou a hora de a União Europeia abrir as suas portas e integrar no seu seio a Ucrânia, assim como a Moldova e os países dos Balcãs Ocidentais", disse Pedro Sánchez, numa intervenção no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França.

Espanha tem até ao final do ano a presidência semestral do Conselho da União Europeia e Sánchez disse esperar fechá-la "com a abertura das negociações de adesão" da Ucrânia.

"Um país que está a lutar pela sua liberdade e também pela nossa", acrescentou, referindo-se à Ucrânia.

Sánchez celebrou a "claridade e unidade" com que a União Europeia continua a posicionar-se em relação à guerra da Ucrânia, iniciada com um ataque militar da Rússia em fevereiro de 2022, e defendeu que deve fazer o mesmo em relação à situação em Israel e nos territórios palestinianos.

O socialista espanhol afirmou que a Europa deve condenar os "ataques terroristas" do grupo islamita Hamas de 07 de outubro em Israel, exigir a libertação sem condições dos reféns, "apoiar a luta contra o terrorismo" no Médio Oriente e reconhecer o direito de Israel a defender-se "e a existir".

"Mas com a mesma convicção e os mesmos valores" deve dizer "basta à morte de civis inocentes em Gaza, incluindo milhares de meninos e meninas", acrescentou, referindo-se à operação militar de Israel na Faixa de Gaza, território palestiniano controlado pelo Hamas, em resposta ao ataque de 07 de outubro.

Sánchez defendeu que a União Europeia deve exigir o cumprimento do direito internacional a Israel e um cessar fogo humanitário imediato, instando ainda o Parlamento Europeu a reconhecer o estado palestiniano, como já fez noutras legislaturas.

Leia Também: "Fracasso de Putin não traduz automaticamente uma vitória para a Ucrânia"

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