Alex Batty, britânico desaparecido há seis anos em Espanha e agora encontrado em França, explicou que vivia em "comunidades espirituais" com a mãe, o avô e cerca de 10 outras pessoas, e que decidiu fugir porque a progenitora pretendia levá-lo para a Finlândia, segundo revelaram as autoridades.
Antoine Leroy, procurador público assistente de Toulouse, explicou que Alex descreveu a mãe como "bastante instável", cita a Sky News.
O rapaz disse à polícia que decidiu que a vida nómada que a família levava "tinha de parar" quando a mãe propôs levá-lo para a Finlândia. Assim, decidiu fugir e caminhou durante quatro noites nas montanhas dos Pirenéus franceses, dormindo durante o dia.
Alex, agora com 17 anos, não tinha telemóvel, mas tinha 100 euros e, no caminho, levava comida dos campos e hortas que encontrava.
Às autoridades, o rapaz contou que vivia em "comunidades espirituais". Após o desaparecimento, os dois/três anos que se seguiram foram passados a circular por Marrocos, antes de se mudarem para o sul de França.
Segundo o procurador, nos últimos seis anos, Alex mudou-se de um lugar para outro, ao lado de famílias de diferentes países. As comunidades em que viviam cultivavam os próprios alimentos, viviam da energia solar, praticavam meditação e acreditavam na reencarnação.
Recorde-se que Alex Batty desapareceu em 2017, na altura com 11 anos, quando estava de férias em Espanha, com a mãe e o avô. A dupla não tem a tutela parental do jovem de 17 anos e continua a ser procurada pelo seu desaparecimento.
Na altura do desaparecimento de Alex, a avó e tutora, fizeram vários apelos para encontrá-lo. O adolescente está agora num centro para jovens em Toulouse e deverá regressar ao Reino Unido amanhã, sábado, para se encontrar com a avó, que está demasiado frágil para viajar para França.
O jovem foi levado a uma esquadra de polícia de Revel, perto de Toulouse, por um condutor preocupado que o avistou numa estrada no sopé dos Pirenéus, na manhã de quarta-feira. Foi a partir do telemóvel deste homem, Fabien Accidini, que tentou contactar a avó.
"O jovem explicou que estava a caminhar há quatro dias e que tinha partido de um local nas montanhas, mas não disse onde", referiu Accidini, acrescentando que procurou o nome do rapaz na Internet e viu que "estava a ser procurado".
Accidini revelou ainda que o plano do adolescente era encontrar uma cidade grande com uma embaixada para pedir ajuda. Em vez disso, Accidini contactou as autoridades francesas em busca de ajuda.
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