"Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preparar o caminho para um cessar-fogo duradouro, que conduza a uma paz duradoura. Quanto mais cedo melhor, a necessidade é urgente", escrevem os dois ministros num artigo conjunto publicado no Sunday Times. "Muitos civis foram mortos", lamentam.
No entanto, acrescentam: "Não pensem que pedir agora um cessar-fogo geral e imediato, na esperança de que se torne permanente de uma forma ou de outra, seja o caminho a seguir".
Isto equivaleria a "ignorar porque é que Israel é forçado a defender-se: o Hamas atacou Israel de uma forma bárbara e continua a disparar foguetes para matar cidadãos israelitas todos os dias. O Hamas deve depor as armas", advogam.
Uma resolução não vinculativa foi adotada na terça-feira na assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), apelando a um "cessar-fogo humanitário imediato" em Gaza. O Reino Unido absteve-se.
Nos últimos dias, a administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, pressionou as autoridades israelitas para que passassem para uma fase menos intensa da sua ofensiva, a fim de proteger melhor os civis.
A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no seu 71.º dia, foi desencadeada por um ataque sangrento e sem precedentes perpetrado pelo movimento islâmico palestiniano em 07 de outubro em solo israelita a partir da Faixa de Gaza.
Segundo Israel, 1.139 pessoas, a maioria civis, foram mortas neste ataque e cerca de 250 foram sequestradas e levadas para Gaza. Cerca de 129 reféns permanecem em Gaza, incluindo corpos, segundo o exército.
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, bombardeando o território palestiniano, sitiando-o e realizando, desde 27 de Outubro, uma vasta operação terrestre.
O Ministério da Saúde do Hamas informou na sexta-feira que 18.800 pessoas morreram em bombardeios israelitas, a maioria mulheres, crianças e adolescentes.
Leia Também: Famílias de reféns pedem a Israel que elabore plano de negociação