Alex Batty fala sobre a mãe. "É ótima pessoa, mas não é uma ótima mãe"

O jovem afirma que, se ficasse com a mãe, a sua vida seria a "andar de um lado para o outro, sem amigos, sem vida social, a trabalhar, trabalhar, trabalhar e sem estudar".

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Notícias ao Minuto
22/12/2023 10:09 ‧ 22/12/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Alex Batty

Alex Batty, o jovem de 17 anos, que regressou ao Reino Unido no sábado, seis anos depois de desaparecer, revelou um pouco da sua vida enquanto viveu com a mãe e o avô, entre Espanha, Marrocos e França, em grupos que formavam uma comunidade espiritual. Apesar de dizer que a mãe é "uma ótima pessoa", o rapaz afirma que ela "não é uma ótima mãe".

Alex decidiu colocar um ponto final no seu estilo de vida hippie e fugir sem aviso, depois de um conflito com a mãe, depois desta ter dito que se iriam mudar para a Finlândia, conta ao jornal The Sun.

"Ela é uma ótima pessoa e eu amo-a, mas ela simplesmente não é uma ótima mãe", afirmou o menor.

Alex nunca foi à escola e, em vez disso, aprendia línguas e estudava matemática e informática apenas quando encontrava um livro didático.

Entretanto, surgiram-lhe dúvidas existenciais, inerentes a qualquer adolescente, e Alex sonhou em tornar-se um engenheiro informático, algo que não seria possível a viver com a mãe.

"Comecei a pensar ir embora quando tinha 14 ou 15 anos. Apercebi-me que não era uma boa forma de viver para o meu futuro. Não saberia o que iria acontecer se ficasse com a minha mãe, mas com base nos últimos anos pude ter uma ideia de como teria sido a minha vida", explica Alex, salientando que seria certamente a "andar de um lado para o outro, sem amigos, sem vida social, a trabalhar, trabalhar, trabalhar e sem estudar".

"Seria sempre a mesma coisa, quer fosse em França ou em Espanha. Nas montanhas, no meio do nada. Sem pessoas da minha idade", conta ainda.

Alex Batty revela ainda, na entrevista ao jornal britânico, que há cerca de um ano chegou a falar como avô sobre voltar para Inglaterra, mas "a mãe era contra a ideia" e "não estava aberta a outras opiniões".

Por outro lado, o avô "era mais um ouvinte" e sempre dizia que queria o melhor para o seu neto.

De recordar que Alex voltou a Manchester no sábado à noite depois de ter sido encontrado a caminhar na beira de estrada por um motorista francês que o levou às autoridades. Terá sido sequestrado pela sua mãe e pelo avô e levou uma vida itinerante entre Espanha, Marrocos e França, em grupos que formavam uma comunidade espiritual.

Chegou a este último país no outono de 2021, onde viveu numa quinta gerida por um casal, que acolheu a criança sob a sua proteção enquanto a mãe vivia na comunidade, noticia o 20 minutos.

Este casal, Frederic Hambye e Ingrid Beauve, partilhou pormenores da vida do menino que, garantem, pensavam que se chamava Zack, até quinta-feira. Numa carta enviada ao Daily Mail, recordam que o rapaz chegou à sua propriedade em Camps-sur-l'Agly, acompanhado da mãe e do avô.

Ao perceberem que a família procurava um lugar para se alojarem, o casal ofereceu-lhes um teto e trabalho. O avô ficou responsável por realizar trabalhos de manutenção em troca de comida e alojamento para o neto. 

"O Zach/Alex tinha livre acesso ao frigorífico e à nossa comida e adorava cozinhar", afirmam. No entanto, a mãe do jovem, Melanie Batty, não ficou na quinta, mas partiu em busca de uma comunidade espiritual para viver. Contudo, mantinha contacto com o filho.

O rapaz decidiu fugir no passado domingo depois de, alegadamente, a mãe ter referido que se iriam mudar para a Finlândia. No domingo, saiu de casa e andou durante quatro dias, antes de ser encontrado por um condutor preocupado que o avistou numa estrada no sopé dos Pirenéus, na manhã de quarta-feira. Foi a partir do telemóvel deste homem, Fabien Accidini, que tentou contactar a avó, no Reino Unido.

O jovem regressou a casa, em Manchester, no sábado, e disse estar "feliz por estar em casa no Natal".

Leia Também: Tribunal decide que Alex Batty ficará sob proteção legal especial

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