Presidente guineense avisa novo Governo que é contra clientelismo

O presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, avisou hoje o novo Governo, da sua iniciativa, que é contra o clientelismo ou o nepotismo nas nomeações do pessoal dirigente da Função Pública.

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Lusa
22/12/2023 15:54 ‧ 22/12/2023 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Citado no comunicado saído da primeira reunião do Conselho de Ministros, por si presidida, Sissoco Embaló exortou o Governo a ter como base, nas nomeações, a competência comprovada e a experiência no exercício de funções públicas.

As nomeações do pessoal dirigente na Função Pública guineense têm sido quase sempre com base na filiação partidária, laços de familiaridade ou de amizade, situações que Embaló tem repetido que devem acabar.

O primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, agradeceu as orientações políticas do Presidente, que disse encarar como "ferramentas essenciais" para a governação e governabilidade do país nos próximos tempos.

O Conselho de Ministros indigitou a jornalista Conceição Évora, ministra da Comunicação Social, como porta-voz do Governo de iniciativa presidencial, e fixou a periodicidade das reuniões semanais ordinárias para as quintas-feiras, pelas 10:00 horas (mesma hora em Lisboa).

O primeiro Conselho de Ministros apresentou votos de pesar da Guiné-Bissau para com a República da Guiné-Conacri, pela morte de 13 pessoas e ferimentos de várias outras numa explosão de um depósito de combustíveis, ocorrida na passada segunda-feira, dia 18, em Conacri.

O Presidente guineense conferiu posse, na quinta-feira, ao novo Governo por si criado na sequência da sua decisão de demitir o executivo eleito em junho passado e a dissolução do parlamento, que considerou ser foco de instabilidade no país.

Umaro Sissoco Embaló tomou estas decisões na sequência de confrontos entre militares, nos passados dias 30 de novembro e 01 deste mês, situação que considerou tratar-se de tentativa de golpe de Estado, e que ocorreu na sequência da detenção de dois membros do Governo acusados de alegada corrupção no pagamento de dívidas do Estado a empresas.

Leia Também: Guterres acompanha com preocupação situação na Guiné-Bissau

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