Toda a frota de aparelhos Osprey permanece imobilizada desde o acidente de 29 de novembro, com exceção de alguns voos da Unidade de Fuzileiros Navais em situações de emergência.
Na vida útil do programa, mais de 50 militares norte-americanos morreram em acidentes com o Osprey, e 20 deles morreram em quatro acidentes nos últimos 20 meses.
O Osprey é uma aeronave rápida que pode voar como um helicóptero ou como um avião - mas as suas muitas quedas levaram os críticos a alertar para a existência de falhas fatais no seu 'design'.
O Governo do Japão, o único parceiro internacional que voa com o Osprey, também manteve as suas aeronaves em terra após o despenhamento de 29 de novembro.
Na quinta-feira, a Comissão de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes norte-americana enviou uma carta ao secretário da Defesa, Lloyd Austin, solicitando que lhe seja enviada até 04 de janeiro uma enorme quantidade de documentação sobre o historial de segurança do Osprey.
"Os nossos militares continuam em perigo sem a resolução dos problemas mecânicos conhecidos", escreveu o presidente da comissão, James Comer, representante Republicano do Estado do Kentucky.
"Embora estatisticamente o Osprey não seja considerado tão perigoso como outras aeronaves militares, a Comissão continua alarmada com o facto de a maioria das fatalidades envolvendo o aparelho ter ocorrido durante exercícios de treino e não em operações de combate", acrescentou.
O Osprey só se tornou operacional em 2007, após décadas de testes. Desde então, tornou-se cavalo de batalha da Unidade de Fuzileiros Navais e do Comando de Operações Especiais da Força Aérea e estava em vias de ser adotado pela Marinha para substituir os seus aviões a hélice C-2 Greyhound, que transportam os efetivos de e para os porta-aviões no mar.
Pouco depois do despenhamento de 29 de novembro, a Força Aérea afirmou que a causa provável foi uma falha de funcionamento da aeronave e não um erro da tripulação.
O Osprey tem enfrentado perguntas insistentes sobre um problema mecânico com a embraiagem que perturba o programa há mais de uma década. Também tem havido dúvidas sobre se todas as peças do Osprey têm sido fabricadas de acordo com as especificações de segurança e se, à medida que essas peças envelhecem, continuam a ser suficientemente fortes para suportar o desgaste substancial criado pela estrutura única do Osprey e pela dinâmica de voo do rotor basculante.
Os aparelhos Osprey da Unidade de Fuzileiros Navais também têm sido utilizados para transportar funcionários da Casa Branca, a comunicação social e a equipa de segurança que acompanha o Presidente. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que esses Osprey também têm sido mantidos em terra.
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