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Congresso EUA investiga programa Osprey após queda de avião no Japão

Uma comissão de supervisão do Congresso dos Estados Unidos lançou hoje uma investigação sobre o programa V-22 Osprey, após o despenhamento no Japão de um avião que vitimou oito membros da unidade de operações especiais da Força Aérea.

Congresso EUA investiga programa Osprey após queda de avião no Japão
Notícias ao Minuto

18:58 - 22/12/23 por Lusa

Mundo EUA

Toda a frota de aparelhos Osprey permanece imobilizada desde o acidente de 29 de novembro, com exceção de alguns voos da Unidade de Fuzileiros Navais em situações de emergência.

Na vida útil do programa, mais de 50 militares norte-americanos morreram em acidentes com o Osprey, e 20 deles morreram em quatro acidentes nos últimos 20 meses.

O Osprey é uma aeronave rápida que pode voar como um helicóptero ou como um avião - mas as suas muitas quedas levaram os críticos a alertar para a existência de falhas fatais no seu 'design'.

O Governo do Japão, o único parceiro internacional que voa com o Osprey, também manteve as suas aeronaves em terra após o despenhamento de 29 de novembro.

Na quinta-feira, a Comissão de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes norte-americana enviou uma carta ao secretário da Defesa, Lloyd Austin, solicitando que lhe seja enviada até 04 de janeiro uma enorme quantidade de documentação sobre o historial de segurança do Osprey.

"Os nossos militares continuam em perigo sem a resolução dos problemas mecânicos conhecidos", escreveu o presidente da comissão, James Comer, representante Republicano do Estado do Kentucky.

"Embora estatisticamente o Osprey não seja considerado tão perigoso como outras aeronaves militares, a Comissão continua alarmada com o facto de a maioria das fatalidades envolvendo o aparelho ter ocorrido durante exercícios de treino e não em operações de combate", acrescentou.

O Osprey só se tornou operacional em 2007, após décadas de testes. Desde então, tornou-se cavalo de batalha da Unidade de Fuzileiros Navais e do Comando de Operações Especiais da Força Aérea e estava em vias de ser adotado pela Marinha para substituir os seus aviões a hélice C-2 Greyhound, que transportam os efetivos de e para os porta-aviões no mar.

Pouco depois do despenhamento de 29 de novembro, a Força Aérea afirmou que a causa provável foi uma falha de funcionamento da aeronave e não um erro da tripulação.

O Osprey tem enfrentado perguntas insistentes sobre um problema mecânico com a embraiagem que perturba o programa há mais de uma década. Também tem havido dúvidas sobre se todas as peças do Osprey têm sido fabricadas de acordo com as especificações de segurança e se, à medida que essas peças envelhecem, continuam a ser suficientemente fortes para suportar o desgaste substancial criado pela estrutura única do Osprey e pela dinâmica de voo do rotor basculante.

Os aparelhos Osprey da Unidade de Fuzileiros Navais também têm sido utilizados para transportar funcionários da Casa Branca, a comunicação social e a equipa de segurança que acompanha o Presidente. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que esses Osprey também têm sido mantidos em terra.

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