"Os crimes do regime sionista (...) são lamentáveis, (mas) o que é ainda mais lamentável é a ineficácia das organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas e as organizações que afirmam proteger os Direitos Humanos", afirmou o Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, num discurso realizado em Teerão.
Raissi falou no dia seguinte à adoção pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma resolução que apela à entrega "imediata" e "em grande escala" de ajuda humanitária a Gaza.
Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, descreveu a resolução como "positiva, mas insuficiente".
O Irão é um dos principais apoiantes internacionais do Hamas, cujo ataque de 7 de outubro matou em Israel cerca de 1.140 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada nos últimos números oficiais israelitas disponíveis.
As operações militares israelitas de retaliação mataram 20.058 pessoas em Gaza, a maioria das quais mulheres, adolescentes e crianças, segundo o governo do Hamas.
Alegando estar a agir em apoio do Hamas, os rebeldes Houthi no Iémen, apoiados por Teerão e aliados do Hamas, reivindicaram nas últimas semanas a responsabilidade por vários ataques a navios comerciais ligados, na sua opinião, a Israel.
Na sexta-feira, os Estados Unidos, que criaram uma coligação militar para defender o tráfego marítimo na zona, acusaram o Irão de estar "fortemente envolvido no planeamento" destes ataques.
O Irão afirma regularmente apoiar a "resistência" [grupos armados que lutam contra Israel], insistindo no entanto que estes grupos agem de forma independente.
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