Os familiares dos reféns gritaram "Agora, agora!" em vários momentos do discurso, enquanto o primeiro-ministro afirmava que as forças israelitas precisavam de "mais tempo" para garantir a sua libertação, prosseguindo as suas operações no território palestiniano, onde 156 soldados israelitas foram mortos desde o início da operação terrestre da guerra.
O cessar-fogo de uma semana, que terminou a 1 de dezembro, permitiu a libertação de 105 reféns, 80 dos quais em troca de 240 palestinianos detidos nas prisões israelitas. No entanto, 129 reféns permanecem presos em Gaza.
"E se fosse o vosso filho?" e "80 dias, cada minuto é um inferno", lia-se nos cartazes erguidos pelas famílias no parlamento, que hoje realizou uma sessão especial dedicada à questão dos reféns.
Netanyahu assegurou que "não poupará a esforços" para garantir a libertação dos reféns, mas que tal só será possível mantendo a "pressão militar".
"Não devemos parar a guerra enquanto não conseguirmos a vitória sobre aqueles que procuram as nossas vidas", declarou.
E acrescentou, "não vamos parar enquanto não tivermos alcançado a vitória".
Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns no violento ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, que causou cerca de 1.140 mortos, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada nos últimos números oficiais.
Pelo menos 20.600 pessoas, na sua maioria mulheres, crianças e adolescentes, foram mortas em Gaza desde o início da ofensiva israelita em represália ao ataque, segundo as autoridades do Hamas, no poder.
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