Vídeo. A Rússia atacou e Zelensky respondeu: "Não deixaremos de retaliar"
O chefe de Estado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, referiu que Moscovo está a atacar a Ucrânia com "tudo o que tem".
© @Volodymyr Zelensky/ Telegram
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu, na manhã desta sexta-feira, aos bombardeamentos russos que atingiram o país esta madrugada, um dos maiores ataques no país deste ano.
"Maternidade, instituições de ensino, centro comercial, edifícios de vários andares e casas particulares, armazém comercial, parque de estacionamento", começou por enumerar o chefe de Estado ucraniano numa mensagem partilhada na plataforma Telegram.
"Atualmente, a Rússia ataca com quase tudo o que tem no seu arsenal: Daggers, S-300, mísseis de cruzeiro, drones. Os bombardeiros estratégicos lançaram X-101/X-505. Foram lançados cerca de 110 mísseis, a maioria dos quais foi abatida", continuou numa reação ao ataque que já fez, pelo menos, 18 mortos e mais de 100 feridos.
Sublinhando a existência de vítimas, Zelensky garantiu que todos estavam a trabalhar de forma reforçada por forma a prestar assistência à população - e deixou ainda as condolências às famílias das vítimas mortais, assim como desejou as melhoras aos feridos.
"Não deixaremos de retaliar contra os terroristas. E lutaremos para garantir a segurança do nosso país, de todas as cidades e de todo o nosso povo. O terror russo tem de perder - e é exatamente isso que vai acontecer", rematou.
O ataque já foi condenado por vários países e entidades, incluindo a embaixadora norte-amerticana em Kyiv, Bridget Brink, assim como o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Para além das condenações de França e do Reino Unido, também o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu o fim dos ataques por parte de Moscovo.
A Rússia realizou hoje o ataque considerado de maior dimensão desde que invadiu a Ucrânia há quase dois anos, provocando 18 mortos e 132 feridos, de acordo com um balanço provisório.
As autoridades ucranianas disseram que a Rússia lançou 122 mísseis e 36 'drones' (aeronaves sem tripulação) contra alvos em toda a Ucrânia, num ataque que durou 18 horas.
O Ministério da Defesa russo reivindicou ter atingido "todos os alvos" previstos no intenso ataque lançado de madrugada.
A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que á considerada a pior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será significativo.
A Ucrânia lançou uma contraofensiva no verão, depois de ter recebido armamento novo dos aliados ocidentais, mas já reconheceu que os resultados foram modestos.
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