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Kyiv pede ajuda para travar "genocídio russo do povo ucraniano"

A Ucrânia apelou hoje à comunidade internacional para que una todos os esforços para pôr termo ao "genocídio russo do povo ucraniano", na sequência de um ataque intenso que matou pelo menos 18 pessoas.

Kyiv pede ajuda para travar "genocídio russo do povo ucraniano"
Notícias ao Minuto

16:50 - 29/12/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano disse em comunicado que "nenhuma conversa" sobre tréguas, cedência temporária de territórios, cansaço, negociações e outras concessões "irá parar a agressão russa, mas apenas aumentar a sua escala".

"A Rússia não está a considerar nenhum outro cenário que não seja a destruição total da Ucrânia", afirmou o departamento liderado por Dmytro Kuleba no comunicado divulgado no 'site' do ministério.

Moscovo realizou hoje o ataque considerado de maior dimensão desde que invadiu a Ucrânia há quase dois anos, provocando 18 mortos e 132 feridos, de acordo com um balanço provisório.

As autoridades ucranianas disseram que a Rússia lançou 122 mísseis e 36 'drones' (aeronaves sem tripulação) contra alvos em toda a Ucrânia, num ataque que durou 18 horas.

O Ministério da Defesa russo reivindicou ter atingido "todos os alvos" previstos no intenso ataque lançado de madrugada.

"Os crimes que a Rússia cometeu hoje na Ucrânia são a sua vingança pela incapacidade de virar a maré da batalha na luta contra as forças de defesa ucranianas", disse o ministério de Kuleba.

A diplomacia ucraniana agradeceu aos aliados ocidentais da Ucrânia o fornecimento de equipamento de defesa aérea e antimíssil.

"Hoje, a vossa ajuda salvou muitas vidas", afirmou o ministério.

O ministério insistiu que a única forma de proteger os ucranianos "é dotar a Ucrânia de todos os meios militares e financeiros" necessários para se defender.

"O terror russo tem de perder e a Ucrânia tem de ganhar", acrescentou.

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento às forças ucranianas para combater as tropas russas, que invadiram o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.

Depois de receber novas armas, a Ucrânia lançou uma contraofensiva em junho, mas já reconheceu que os resultados foram modestos para as expectativas que tinham sido criadas.

Kyiv tem-se queixado da demora das decisões sobre envio de armamento, incluindo de meios aéreos, e tem investido na indústria de defesa nacional para suprir necessidades e prevenir eventuais recuos no fornecimento de ajuda.

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