A decisão tomada pelo Governo, em conjunto com a Comissão de Política Externa do Parlamento, surge após vários ataques a navios civis por rebeldes Huthi ao largo da costa do Iémen.
"Estamos preocupados com a delicada situação no Mar Vermelho, onde continuam os ataques não provocados contra navios civis", afirmou o ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, citado em comunicado, acrescentando ser crucial para o tráfego marítimo dinamarquês e internacional poder navegar na área "com segurança".
A decisão será transmitida ao Parlamento dinamarquês na próxima semana, com vista ao envio da fragata no final de janeiro.
A Dinamarca já participa na missão internacional liderada pelos Estados Unidos, com um destacamento de três oficiais.
"Como grande nação marítima, temos a responsabilidade de reforçar a segurança marítima", referiu, por seu lado, o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Lars Lokke Rasmussen.
Uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo é a dinamarquesa Maersk, que anunciou esta semana que vai retomar o tráfego através do Mar Vermelho, depois de desviar as suas rotas em meados do mês em torno do Cabo da Boa Esperança.
A Marinha norte-americana afirmou ter abatido quinta-feira um drone e um míssil balístico antinavio disparados pelos rebeldes Huthis do Iémen no sul do mar Vermelho, naquela que foi "a 22.ª tentativa de ataque Huthi a navios internacionais desde 19 de outubro".
Desde o início da guerra, a 07 de outubro, entre Israel e o movimento islamita Hamas em Gaza, os Huthis, que controlam uma grande parte do Iémen, intensificaram os ataques no mar Vermelho contra navios que consideram "ligados a Israel", em solidariedade com o território palestiniano.
Principal aliado de Israel, os Estados Unidos, juntamente com outros países, patrulham esta parte estratégica do mundo no âmbito de uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos Huthis, um movimento próximo do Irão.
O conflito armado no Iémen começou em 2014, quando os rebeldes Huthis ocuparam Saná e outras províncias do país. Os combates intensificaram-se com a intervenção da coligação árabe apoiada pelos Estados Unidos em março de 2015.
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