ASEAN acompanha "com preocupação" o conflito no mar do Sul da China

A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) disse "acompanhar com preocupação" com o aumento das tensões no mar do Sul da China.

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Lusa
31/12/2023 06:19 ‧ 31/12/2023 por Lusa

Mundo

ASEAN

"Acompanhamos com preocupação os recentes desenvolvimentos no mar do Sul da China que podem prejudicar a paz, a segurança e a estabilidade na região", sublinharam os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, numa declaração conjunta divulgada no sábado.

Os responsáveis sublinharam também empenho na "paz, segurança, estabilidade e liberdade de navegação" na zona, onde a China e várias nações da ASEAN estão envolvidas em uma disputa territorial por ilhas e atóis.

Os chefes da diplomacia do Sudeste Asiático reafirmaram a "necessidade de restaurar e reforçar a confiança mútua, bem como de exercer autocontrolo" quando as tensões aumentam e "evitar ações que possam complicar ainda mais a situação".

Nos últimos meses, as tensões entre a China e as Filipinas têm vindo a aumentar com acusações cruzadas sobre uma série de confrontos marítimos no mar do Sul da China, que Manila identifica como mar das Filipinas Ocidental.

As reivindicações territoriais das Filipinas e da China sobrepõem-se no atol de Scarborough e parcialmente nas ilhas Spratly.

No passado dia 10 de dezembro, as Filipinas acusaram a guarda costeira chinesa de ter disparado um canhão de água e de ter abalroado os navios de reabastecimento filipinos nas proximidades do atol de Ayungin (conhecido como Ren'ai na China), o que provocou "danos graves no motor" de uma das embarcações.

O gigante asiático alega razões históricas para reivindicar a soberania sobre estas águas, mas em 2016 o Tribunal Permanente de Arbitragem deu razão a Manila contra as pretensões das autoridades chinesas, uma decisão que a China recusou cumprir.

Além da China e das Filipinas, outros países como o Vietname, a Malásia, o Brunei e Taiwan também reivindicam territórios no mar do Sul da China.

O mar do Sul da China alberga 12% das zonas de pesca do mundo, bem como possíveis jazidas de petróleo e gás, ainda por explorar.

Desde 2002, a ASEAN e a China estão a trabalhar no desenvolvimento de um código de conduta na região, mas os progressos têm sido lentos.

Leia Também: Xanana Gusmão em Tóquio para mais cooperação e cimeira ASEAN/Japão

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