Ministro das Finanças israelita defende regresso dos colonos a Gaza

O Ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, defendeu hoje o regresso dos colonos judeus à Faixa de Gaza após a guerra, argumentando que a população palestiniana deveria ser "encorajada" a emigrar para outros países.

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Lusa
31/12/2023 15:04 ‧ 31/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Para ter segurança, precisamos de controlar o território e, para controlar o território militarmente a longo prazo, precisamos de uma presença civil", afirmou Smotrich numa entrevista à rádio militar, em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de restabelecer os colonatos na Faixa de Gaza.

Em 2005, Israel retirou o seu exército e os cerca de 8.000 colonos deste território palestiniano ocupado desde 1967, no âmbito do plano de retirada unilateral do então primeiro-ministro Ariel Sharon.

Smotrich, líder do partido "Sionismo Religioso", que faz parte da coligação governamental, considerou também que Israel deveria "encorajar" os 2,4 milhões de palestinianos de Gaza a abandonar o território para outros países.

"Se agirmos estrategicamente e encorajarmos a emigração, se houver 100 ou 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões, todo o discurso do pós-guerra será completamente diferente", sustentou.

Disse ainda que Isarel iria "ajudar a reabilitar estes refugiados noutros países de uma forma adequada e humana, com a cooperação da comunidade internacional e dos países árabes" em redor.

Durante uma visita privada a Paris, em março, Smotrich negou a existência de um povo palestiniano : "Não existem palestinianos, porque não existe um povo palestiniano", afirmou.

As operações militares israelitas na Faixa de Gaza causaram 21.822 mortos, na sua maioria mulheres, crianças e adolescentes, desde o início da guerra, a 07 de outubro, segundo os últimos números publicados no domingo pelo governo do Hamas.

Os ataques israelitas foram lançados como represália a um ataque sem precedentes dos comandos do Hamas, que causou a morte de cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo os últimos dados oficiais israelitas.

Leia Também: Hezbollah ameaça "resposta" se continuarem bombardeamentos a libaneses

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