Perto de 5 mil palestinianos detidos na Cisjordânia desde 7 de outubro
O número de detenções de palestinianos pelas forças israelitas na Cisjordânia ocupada é de quase 5.000 deste o início do conflito com o Hamas, em outubro, segundo fontes da Palestina, enquanto Israel assume só 2.250.
© Maja Hitij/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Os dados são divulgados pela Comissão que acompanha a situação dos detidos e prisioneiros palestinianos, segundo noticia a agência espanhola EFE.
Segundo a mesma fonte, nas últimas horas foram detidos 32 palestinianos, elevando o número de detenções na zona para 4.910, desde o início deste conflito bélico, em 7 de outubro.
Por seu turno, as autoridades de Israel declaram que desde o início do conflito detiveram 2.250 pessoas, das quais 1.300 terão ligações ao Hamas.
O grupo radical islâmico, que controla Gaza desde que tomou o poder à força da Autoridade Palestiniana (AP) em 2007, está em desacordo com o partido nacionalista no poder, a Fatah, que domina a AP e governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada.
No entanto, o Hamas tem influência e apoiantes na Cisjordânia, tendo a sua popularidade aumentado após o ataque de 7 de outubro, que "humilhou Israel" e foi encarado como um triunfo simbólico para os palestinianos.
Em dezembro, as autoridades palestinianas estimavam que cerca de 8.000 palestinianos estavam presos em prisões israelitas, sendo que, destes, 2.800 estavam em detenção administrativa, sem acusação, julgamento ou data de libertação.
A violência no contexto do conflito israelo-palestiniano já era muito elevada ainda antes da eclosão da guerra em Gaza, mas aumentou ainda mais após 07 de outubro.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) israelita Yesh Din, o ano de 2023 foi também o mais violento em termos de ações de colonos contra palestinianos na Cisjordânia, "tanto em número de incidentes quanto em gravidade".
"Pelo menos 20 palestinianos foram mortos por colonos e dezenas de casas e veículos foram incendiados, em mais de 1.200 incidentes com colonos israelitas, documentados pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2023", refere o Yesh Din, em comunicado.
Também hoje o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, anunciou que as operações militares israelitas no território causaram 21.978 mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Este número inclui 156 pessoas mortas nas últimas 24 horas, segundo a mesma fonte, citada pela AFP, que também deu conta de 57.697 pessoas feridas o início do conflito.
Em 7 de outubro, comandos do Hamas lançaram um ataque terrorista em solo israelita, durante o qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, no poder no enclave palestiniano desde 2007.
Israel declarou guerra ao Hamas e tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde se vive uma crise humanitária.
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