"Foram confirmados danos muito significativos, incluindo numerosas vítimas, edifícios desmoronados e incêndios", declarou Fumio Kishida.
"Salvar vidas é a nossa prioridade e estamos a travar uma batalha contra o tempo", disse o chefe do Governo japonês, acrescentando que é "fundamental que as pessoas presas nas casas sejam resgatadas imediatamente".
O número provisório de mortos é de pelo menos 48 e os danos materiais são extensos, confirmaram hoje as autoridades da região de Ishikawa, no centro da ilha de Honshu, a principal do país, à agência de notícias France-Presse (AFP).
Entre as vítimas mortais estão pessoas que caíram enquanto tentavam fugir dos abalos.
A Agência Meteorológica Japonesa (JMA, na sigla em inglês) confirmou hoje que o centro do Japão foi atingido por 155 sismos entre as 16h00 de segunda-feira (07:00 em Lisboa) e as 09h00 de hoje (meia-noite em Lisboa).
A maior parte dos sismos foram registados com magnitudes superiores a 3,0, incluindo seis novos tremores fortes sentidos esta manhã, avançou a JMA.
Horas antes, os especialistas da agência tinham avisado que os tremores secundários vão continuar esta semana, sendo particularmente perigosos nos próximos dois ou três dias, durante os quais é provável que se repitam fortes tremores de magnitude sete ou superior.
Os sismólogos japoneses pediram aos residentes locais que estejam especialmente vigilantes.
O sismo mais forte atingiu 7,6 de magnitude na escala de Richter e conduziu à emissão por parte do JMA do alerta máximo de tsunami.
A agência levantou hoje oficialmente o alerta, já depois de ondas com mais de um metro de altura se terem abatido sobre partes do país, provocando o desmoronamento de edifícios na região de Ishikawa.
As autoridades japonesas confirmaram igualmente a chegada de ondas às províncias de Yamagata, Niigata e Toyama, onde se registaram quatro feridos, incluindo uma mulher de 80 anos que caiu ao chão durante o processo de evacuação da cidade de Kurobe, segundo a agência de notícias Europa Press.
Seis pessoas ficaram presas sob os escombros de casas que ruíram no sismo que atingiu Ishikawa - com cerca de 32.500 casas da região sem energia, segundo os bombeiros locais - e também abalou edifícios no centro de Tóquio, segundo o governo japonês.
De acordo com o Ministério da Defesa japonês, cerca de mil residentes da cidade foram retirados, através de uma base militar, onde as tropas do 14.º Regimento Geral das Forças de Auto Defesa do Japão começaram a chegar para ajudar nas operações de salvamento no terreno.
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