Através do relator da ONU para formas contemporâneas de escravatura, Tomaya Obokata, a organização internacional diz ter conhecimento de denúncias de que há reiterada violação de direitos fundamentais de trabalhadores cubanos em programas ou missões de migração em vários países, como Espanha, Itália e Catar.
"A liberdade de movimento desses trabalhadores continua limitada e vigiada pelo Governo cubano nos países que os contratam. Alguns dos trabalhadores estariam a ser sofrer assédio ou violência sexual, ameaças e violência física. Os abusos seriam cometidos por empregadores, assessores jurídicos, diretores de missão, gerentes, funcionários e administradores", afirmou o relator em comunicado.
Esta não é a primeira vez que a ONU faz este alerta. Em 2020, Cuba "negou categoricamente" qualquer "violação de direitos humanos ocorrida durante missões de cooperação internacional". Em novembro passado, a ONU voltou a confrontar as autoridades cubanas com denúncias de casos, mas não obteve resposta no prazo estipulado.
Segundo informações recebidas pela ONU, há relatos de trabalhadores em várias áreas, como saúde, ensino, engenharia, música, desporto e arquitetura, submetidos a "condições laborais de exploração" fora de Cuba, com salários inadequados ou passaportes confiscados.
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