Segundo as autoridades japonesas, citadas pela BBC, o avião da Guarda Costeira que colidiu com um A350 da Japan Airlines na terça-feira, no aeroporto de Haneda, em Tóquio, não tinha permissão para descolar no momento em que entrou na pista para a qual se dirigia o voo comercial vindo de Sapporo.
A afirmação, que resulta da análise das comunicações entre a aeronave e a torre de controlo do aeroporto da capital do Japão, contradiz a versão dos eventos relatada por um dos pilotos da aeronave da Guarda Costeira - o único que sobreviveu à aparatosa colisão -, que garantiu ter recebido autorização para entrar na pista.
Segundo autoridades citadas pela BBC, a última comunicação entre o Bombardier Dash-8 da Guarda Costeira e a torre de controlo foi para repetir a instrução de "rolagem até ao ponto de espera". Ou seja, a aeronave teria permissão apenas para se deslocar até um ponto de espera próximo da pista de descolagem.
Pouco depois, o A350 da Japan Airlines colidia com o Dash-8 da Guarda Costeira, gerando uma estrondosa explosão que envolveu o avião comercial em chamas. Todos os 379 passageiros, bem como os 12 tripulantes, foram retirados do A350 em segurança.
Morreram, no entanto, cinco dos seis tripulantes da aeronave da Guarda Costeira envolvida na colisão, que se dirigia para Ishikawa, de forma a ajudar nos esforços de resgate após os fortes sismos que abalaram a região no início desta semana.
Leia Também: Morreram 5 oficiais da Guarda Costeira após colisão de aviões no Japão