"Tive discussões frutíferas com o Presidente sul-africano @CyrilRamaphosa sobre os desenvolvimentos no Sudão e a guerra em curso", publicou Daglo na rede social X, acrescentando que explicou as causas do conflito".
O líder das Forças de Apoio Rápido (RSF, na na sigla em inglês) disse que garantiu a Ramaphosa a "determinação em pôr fim à guerra".
O general Hamdane Daglo visitou a África do Sul após um périplo pela África Oriental.
Desde o final de dezembro, Hamdane Daglo visitou o Quénia, o Uganda, a Etiópia e o Djibuti, nas que foram as suas primeiras viagens oficiais ao estrangeiro desde o início do conflito no Sudão, em 15 de abril de 2023.
Estes esforços diplomáticos para negociar a paz surgem numa altura em que a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) - uma organização da África Oriental composta por oito Estados membros - está a tentar trazer Hamdane Daglo, e o chefe do exército sudanês, general Abddel Fattah al-Burhan, para a mesa das negociações.
Os dois homens nunca se encontraram desde o início da guerra que mergulhou o Sudão no caos e numa emergência humanitária, com o saldo de 12 mil mortos, segundo uma estimativa conservadora da organização não-governamental ACLED, e mais de sete milhões de deslocados, segundo a ONU.
Durante as suas deslocações, o general Daglo deu numerosos sinais de abertura, reiterando o desejo de "encetar negociações" e "pôr rapidamente termo" à guerra.
As anteriores tentativas de mediação apenas resultaram, até à data, em breves tréguas, que não foram sistematicamente respeitadas.
Nas últimas semanas, o conflito no Sudão estendeu-se ao estado de Al-Jazira, no centro-leste do país, até agora incólume, que se tornou um refúgio para meio milhão de pessoas.
Leia Também: Ex-PM do Sudão apela a encontro entre líderes das forças em conflito