"As ADF estavam a combater outro grupo armado e, durante a fuga, atacaram a cidade de Ndalya, matando 11 civis. Primeiro descobrimos quatro cadáveres e depois outros cinco nos arredores da aldeia", disse o presidente da sociedade civil da província de Ituri, Jean Bosco Lalo, à agência de notícias espanhola.
O ativista adiantou que os rebeldes também raptaram um número desconhecido de civis e saquearam lojas e casas.
"Também houve feridos, incluindo um pastor de uma igreja protestante", acrescentou Jean Bosco Lalo.
Temendo novos ataques, os habitantes de Ndalya e das aldeias vizinhas fugiram das suas casas.
O ADF é um grupo rebelde do Uganda, que terá uma possível ligação ao Estado Islâmico, que por vezes assume a responsabilidade dos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança da ONU não tenham encontrado provas de apoio direto do Estado Islâmico às ADF, os Estados Unidos identificaram as ADF desde 2021 como uma "organização terrorista", filiada do grupo jihadista.
O ADF está sediado no leste do Congo, mas as autoridades do vizinho Uganda acusam o grupo de organizar ataques no seu território.
Para pôr fim ao ADF, os exércitos do Congo e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês, ainda em curso, mas que não travou os ataques dos rebeldes.
Desde 1998, o leste do Congo tem estado mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército.
A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares de congoleses a pegar em armas.
De acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu (KST), o extremo leste do Congo é um campo de batalha de cerca de 100 grupos rebeldes.
Leia Também: ONU preocupada com discurso de ódio e incitamento à violência na RDCongo