Conservador demite-se em conflito com governo sobre questões ambientais

O deputado do Partido Conservador britânico Chris Skidmore formalizou hoje a sua demissão em protesto contra a legislação do Governo que permite a emissão de novas licenças de exploração de petróleo e gás, desencadeando uma nova eleição parlamentar parcial.

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Lusa
08/01/2024 18:53 ‧ 08/01/2024 por Lusa

Mundo

Reino Unido

Num comunicado, Chris Skidmore afirmou que queria abandonar o parlamento "o mais rapidamente possível". 

"Demiti-me em protesto com a decisão do Governo de dar prioridade e politizar as novas licenças de petróleo e gás em vez de um plano de investimento sensato para o futuro", explicou. 

O anúncio do deputado conservador coincide com a votação, hoje, de uma proposta de lei na generalidade para autorizar a concessão de novas licenças de petróleo e gás e o aumento da produção de novos combustíveis fósseis no Mar do Norte.

O deputado pelo círculo eleitoral de Kingswood, perto de Bristol, no sudoeste de Inglaterra, já tinha dado conta da decisão na sexta-feira. 

Chris Skidmore, antigo secretário de Estado da Educação, da Saúde, temporariamente, da Energia, é um ambientalista declarado que já tinha criticado o executivo britânico por não estar a fazer mais para combater às alterações climáticas. 

Em junho passado, o membro da Câmara dos Lordes (câmara alta do parlamento) Zac Goldsmith também se demitiu, acusando o primeiro-ministro, Rishi Sunak, de não se interessar pelo ambiente.

A renúncia de Skidmore desencadeia uma segunda eleição parlamentar parcial em 2024 que o Partido Conservador arrisca perder, juntamente com aquela que irá decorrer em Wellingborough. 

Peter Bone foi forçado a demitir-se por intimidação e má conduta sexual, tendo o Partido Conservador escolhido para o substituir a vereadora local e parceira de Bone, Helen Harrison. 

O Partido Trabalhista, principal força da oposição britânica, lidera as sondagens a nível nacional, com uma vantagem de cerca de 18 pontos percentuais face aos "tories" (conservadores), que estão há quase 14 anos no poder.

Na semana passada, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, indicou que só deverá convocar eleições legislativas no segundo semestre do ano, contrariando rumores sobre uma possível antecipação para maio.

"Parto do pressuposto de que teremos eleições nacionais na segunda metade deste ano", adiantou na ocasião o político conservador.

Leia Também: David Cameron reafirma apoio britânico à estabilidade do Kosovo

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