Num comunicado, a Embaixada dos EUA na Guiana explica que a visita decorre entre 08 de 09 de janeiro e que Erikson é responsável pela política de Defesa e Segurança dos EUA para a região que engloba o Canadá, o México, as Caraíbas, a América do Sul e Central.
"A sua visita à Guiana é a primeira de 2024 e sublinha a importância da parceria bilateral em matéria de Defesa e Segurança, à medida que continua a crescer, a curto prazo, com compromissos militares robustos, e a longo prazo, à medida que a nação continua a modernizar as suas instituições de defesa", afirma.
"Os Estados Unidos continuam a trabalhar em estreita colaboração com os seus aliados em todo o mundo para reforçar as alianças e parcerias, melhorando a interoperabilidade, reforçando a partilha de informações e o planeamento, e realizando complexos exercícios conjuntos e combinados", conclui.
A região de Essequibo, que aparece nos mapas venezuelanos como "zona em reclamação", está sob mediação da ONU desde 1966, quando foi assinado o Acordo de Genebra.
Com cerca de 160 mil quilómetros quadrados, Essequibo é rico em petróleo, representa mais de dois terços do território da Guiana e abriga cerca de um quinto da sua população, cerca de 125 mil pessoas.
Para a Venezuela, o rio Essequibo devia ser a fronteira natural, como em 1777, durante a época do império espanhol. A Guiana argumenta que a fronteira, que remonta à era colonial britânica, foi ratificada em 1899 por um tribunal arbitral em Paris.
Em 03 de dezembro, a Venezuela realizou um referendo consultivo em que mais de 95% dos eleitores votaram a favor das intenções do Governo de anexar Essequibo.
Em 14 de dezembro, a Guiana e a Venezuela chegaram a acordo para não usar a força para resolver o diferendo sobre a região de Essequibo e usar o diálogo para reduzir as tensões bilaterais.
Em finais de dezembro um navio de guerra britânico, o HMS Trent, esteve na Guiana para participar em exercícios militares conjuntos.
Em "resposta à ameaça" o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro ordenou a realização de exercícios militares envolvendo cerca de 5.600 soldados junto à fronteira com a Guiana.
Entretanto, a Guiana autorizou já oito empresas petrolíferas estrangeiras a explorar jazidas petrolíferas em águas reclamadas pela Venezuela.
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