O ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump deu, esta terça-feira, uma conferência de imprensa na sequência da sua ida ao tribunal federal que irá analisar o seu pedido de imunidade criminal face às acusações de ter tentado mudar ilegalmente os resultados das eleições de 2020.
"Sinto que, como presidente, se tem de ter imunidade. É muito simples", reforçou durante a conferência, transmitida pelas publicações internacionais. "Não fiz nada de mal. Absolutamente nada de errado", acrescentou num primeiro momento.
"Um presidente tem de ter imunidade. Outra coisa: é que não fiz nada de errado", referiu ainda durante a sua intervenção.
Trump voltou a apontar o dedo ao atual presidente dos EUA, Joe Biden, e a departamentos, nomeadamente, ao de Justiça, acrescentando que está a ser perseguido por este órgão.
Trump disse ainda que está "muito confiante" de que vai ganhar este caso, reforçando aquilo que disse no início: "Não fiz nada de errado".
O caso que está a ser analisado em Washington é semelhante ao processo no estado da Geórgia, a que Trump apresentou na segunda-feira um pedido de arquivamento, defendendo que tinha imunidade quando os factos ocorreram.
Os dois processos judiciais estão relacionados com os alegados esforços de Trump para interferir no resultado das eleições para a Casa Branca de 2020, que perdeu para o agora Presidente, o democrata Joe Biden.
Na Geórgia, Trump é acusado juntamente com 18 cúmplices de formar uma associação criminosa com o objetivo de anular o resultado das eleições presidenciais de 2020 naquele Estado.
A surpreendente acusação de associação criminosa é a mesma que foi utilizada no passado para desmantelar organizações mafiosas.
No centro deste caso está o pedido que Trump fez à mais alta autoridade eleitoral da Geórgia, Brad Raffensperger, dias depois das eleições presidenciais de 2020, para que "encontrasse 11.780 votos" com os quais teria conquistado esse Estado a Biden.
O ex-presidente poderá ser condenado a um máximo de 76 anos e meio de prisão.
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