A informação foi avançada pelo Rei da Jordânia, Abdullah II, e pelos presidentes do Egito e da Palestina, Abdel Fattah al Sisi e Mahmoud Abbas, respetivamente, numa cimeira na cidade de Aqaba, no sul da Jordânia, para abordar a evolução da guerra em Gaza e o futuro do enclave palestiniano.
De acordo com uma declaração conjunta emitida no final da cimeira, estes líderes "rejeitaram completamente qualquer tentativa de liquidar a causa palestiniana e de segregar Gaza da Cisjordânia", bem como de deslocar à força os palestinianos do seu território.
Os líderes também alertaram contra "tentativas de reocupar partes de Gaza ou de criar zonas seguras" por parte de Israel, ao mesmo tempo em que apelaram para que os habitantes de Gaza fossem autorizados a regressar às suas casas.
Por outro lado, concordaram em "manter o trabalho conjunto entre os países árabes" e a comunidade internacional com o objetivo de "encontrar um horizonte político para a causa palestiniana" que conduza à criação de um Estado palestiniano, baseado nas fronteiras delimitadas em 1967 e com Jerusalém Oriental como capital.
Esta exigência está a ser vista como a única solução para acabar com a guerra em Gaza pela comunidade internacional, especialmente pelos Estados Unidos, que insiste na criação de um Estado palestiniano independente sem a presença do grupo islamita Hamas.
Segundo a agência oficial de notícias jordana Petra, Abdullah II avisou que "a gravidade da situação" em Gaza "exige um esforço excecional para determinar os passos durante a próxima fase", antecipando a possibilidade de abertura de novas frentes de conflito.
A presidência egípcia afirmou, num comunicado, que Al Sisi discutiu com os seus homólogos os esforços feitos pelo Egito para "abrir o diálogo com todos os atores, com o objetivo de materializar um cessar-fogo imediato em Gaza".
Esta cimeira tripartida realizou-se quando o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, realiza um périplo no Médio Oriente, onde informou que Abbas está disponível para reformar a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), de forma a permitir a esta organização "assumir a responsabilidade" do poder em Gaza.
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