A tomada de posição resultou de uma nova reunião em Bruxelas ao nível de embaixadores do Conselho NATO-Ucrânia, um fórum de consulta e tomada de decisões em que ambas as partes participam como iguais.
"Os aliados já entregaram uma vasta gama de sistemas de defesa aérea à Ucrânia e reafirmaram hoje o seu compromisso de fortalecer ainda mais as defesas da Ucrânia", declara o comunicado.
O texto acrescenta que, através da NATO, os estados-membros da organização "estão a comprar até mil mísseis de defesa aérea Patriot para reabastecer as suas reservas, ao mesmo tempo que continuam a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia".
"A Alemanha entregou recentemente sistemas de defesa aérea Patriot e Skynex e mísseis de defesa aérea IRIS-T adicionais à Ucrânia", enquanto "o Reino Unido está a enviar cerca de 200 mísseis de defesa aérea", observou a organização transatlântica.
"Hoje, os aliados deixaram claro que continuarão a fornecer à Ucrânia assistência militar, económica e humanitária significativa, e muitos aliados delinearam planos para fornecer milhares de milhões de euros em capacidades adicionais em 2024", acrescentou o comunicado.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que, pelo segundo ano consecutivo, o Presidente russo, Vladimir Putin, "está a tentar desgastar a Ucrânia com ataques massivos, mas não terá sucesso".
"A campanha de crueldade da Rússia apenas fortalece a determinação da Ucrânia. À medida que Moscovo intensifica os seus ataques às cidades e aos civis ucranianos, os aliados da NATO reforçam as defesas aéreas da Ucrânia. Continuaremos a apoiar os corajosos ucranianos enquanto eles lutam na guerra de agressão russa", afirmou o político norueguês.
A reunião do Conselho NATO-Ucrânia teve lugar hoje em Bruxelas "após recentes vagas de intensos ataques aéreos russos contra civis e infraestruturas ucranianas", segundo a Aliança Atlântica.
"Os aliados condenaram veementemente a escalada dos ataques aéreos russos contra a Ucrânia, bem como o uso pela Rússia de mísseis balísticos da Coreia do Norte e de 'drones' do Irão", detalhou a organização transatlântica.
A reunião de hoje foi convocada a pedido de Kyiv e presidida por Stoltenberg.
Os aliados da NATO e a Suécia (país candidato a estado-membro) foram informados por videoconferência pelo tenente-general Mikola Oleschuk, comandante da Força Aérea Ucraniana, e pelo vice-ministro do Interior, Oleksii Serhieiev.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo desde então a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
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