Segundo a associação Serviço de Vida Selvagem do Quénia (KWS), o número de rinocerontes negros no país aumentou de 240 em 1984 para 966 atualmente. É, desta forma, a terceira maior população de rinocerontes negros em África, depois da África do Sul e da Namíbia.
"Os rinocerontes negros são animais solitários e, sem espaço suficiente, não podem ser encorajados a reproduzir-se. Com alguns dos 16 santuários a aproximarem-se da sua capacidade máxima, há uma necessidade urgente de criar novos santuários com condições ideais", afirmou o KWS num comunicado.
Desta forma, o KWS decidiu transferir alguns rinocerontes do Parque Nacional de Nairobi e das reservas de Ol Pejeta e Lewa (centro) para a Reserva de Loisaba (também no centro do Quénia).
"É incrivelmente emocionante fazer parte da reintrodução de rinocerontes numa paisagem onde estiveram ausentes durante 50 anos", afirmou o diretor executivo da reserva de Loisaba, Tom Silvester, que recordou que os caçadores furtivos mataram todos os rinocerontes da zona antes de esta ser protegida.
As populações de rinocerontes brancos e negros estão a aumentar em África pela primeira vez nos últimos 10 anos, depois de terem sido dizimadas pela caça furtiva e pela perda de habitat, segundo o mais recente estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), publicado em setembro de 2023.
A UICN destacou então que havia 23.290 rinocerontes - incluindo 6.490 rinocerontes negros - em todo o continente no final de 2022, 5,2% a mais do que em 2021, apesar de pelo menos 561 terem sido mortos por caçadores furtivos naquele ano.
A caça furtiva - impulsionada pela elevada procura de chifres de rinoceronte, em particular na China e em alguns países do Sudeste Asiático - levou os animais à beira da extinção.
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