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Rússia acusa Biden de atacar Iémen para ocultar "fracassos" na Ucrânia

A Rússia acusou hoje o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de ter ordenado o ataque ao Iémen como forma de distrair os eleitores do seu fracasso na Ucrânia e dos problemas internos do seu país.

Rússia acusa Biden de atacar Iémen para ocultar "fracassos" na Ucrânia
Notícias ao Minuto

08:52 - 13/01/24 por Lusa

Mundo Vyacheslav Volodin

"Biden precisa de uma pequena guerra vitoriosa para distrair a atenção dos eleitores dos fracassos da sua política externa na Ucrânia e dos problemas internos dos EUA", afirmou o Presidente da Duma russa [câmara baixa do parlamento], Vyacheslav Volodin, no seu canal Telegram.

Segundo Volodin, foi precisamente por isso que a administração Biden não informou o Congresso do ataque.

"Isso confirma que o ataque foi realizado com base nos interesses políticos do Presidente", disse, observando que até mesmo os apoiadores de Biden "declaram que ele violou a Constituição".

O Presidente da Duma russa argumentou que a popularidade de Biden é "extremamente baixa" antes das eleições presidenciais deste ano, uma vez que tem o apoio de 38,9% dos eleitores norte-americanos.

"Se as eleições se realizassem hoje, Biden perderia", afirmou.

Volodin sublinhou que o ataque de Washington violou as normas internacionais e a Carta das Nações Unidas.

"Se os Estados Unidos são um Estado de direito, Biden deveria ser legalmente processado antes de desencadear uma guerra mundial na sua tentativa de se manter no poder", afirmou.

Os Estados Unidos e o Reino Unido atacaram na madrugada de sexta-feira posições dos Huthis em diversas regiões do país do Médio Oriente, justificando a ação em nome da defesa do comércio internacional e dos navios que transitam pelo mar Vermelho, onde circula cerca de 15% do comércio marítimo global.

Esta madrugada os EUA lançaram mais um ataque contra um alvo controlado pelos rebeldes Huthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho, confirmou o Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom).

Leia Também: EUA confirmam novo bombardeamento de posição de rebeldes Hutis do Iémen

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