Desde 19 de novembro, referiu, os Hutis lançaram mais de 25 ataques ilegais contra navios comerciais no Mar Vermelho e em 09 de janeiro lançaram um ataque direto contra navios de guerra britânicos e norte-americanos.
"E por isso atuámos. Fizemo-lo em legítima defesa, em conformidade com a Convenção das Nações Unidas e para defender a liberdade de navegação", justificou, numa declaração no Parlamento britânico.
Sunak vincou que os bombardeamentos lançados contra 13 alvos foram "cuidadosamente direcionados para destruir locais de lançamento de drones e mísseis balísticos", e que todos foram destruídos sem indícios de vítimas civis.
O porta-voz militar dos Hutis, Yahya Sarea, disse numa declaração transmitida na sexta-feira pela televisão, em Sana, que os ataques mataram cinco membros e feriram outros seis.
"Não tomo decisões sobre o uso da força de ânimo leve. É por isso que sublinho que esta ação foi tomada em legítima defesa. Foi limitada, não foi uma ofensiva. Foi uma resposta necessária e proporcional a uma ameaça direta aos navios do Reino Unido e, por conseguinte, ao próprio Reino Unido", sublinhou o primeiro-ministro britânico.
Sunak salientou também que esta intervenção não constituiu uma interferência no conflito em curso na Faixa de Gaza, entre as forças israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas.
"Não devemos cair na narrativa maligna [dos Hutis] de que se trata de Israel e Gaza. O alvo são navios de todo o mundo. Nós continuamos a trabalhar no sentido de um cessar-fogo sustentável em Gaza e de fazer chegar mais ajuda aos civis", enfatizou.
Rishi Sunak compareceu hoje perante a Câmara dos Comuns para explicar por que razão o Reino Unido se juntou aos Estados Unidos nos ataques militares aos Hutis no Iémen sem antes consultar os deputados.
Na semana passada, quatro jatos Typhoon da Royal Air Force participaram nos ataques liderados pelos EUA a locais utilizados pelos rebeldes apoiados pelo Irão, que têm atacado navios comerciais no Mar Vermelho.
Os Hutis dizem que têm visado navios ligados a Israel em resposta à guerra em Gaza, mas Londres e Washington alegam que está em risco a navegação numa rota chave para o comércio global.
O líder do Partido Trabalhista britânico, principal partido da oposição, Keir Starmer, repetiu hoje que apoiava os ataques da semana passada.
"Os ataques dos Hutis são inaceitáveis, ilegais e, se não forem resolvidos, podem levar a um aumento devastador do custo de alimentos essenciais em alguns dos países mais pobres", reconheceu.
Porém, acrescentou, "estes ataques continuam a comportar riscos".
"Temos de evitar um agravamento [do conflito] no Médio Oriente", alertou.
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