Na cidade de Tulkarem, e na mais greve escalada de violência em território da Cisjordânia das últimas décadas, cinco palestinianos foram mortos no ataque, com idades entre os 17 e os 35 anos, informou o Ministério da Saúde local controlado pela Autoridade Palestiniana.
As forças israelitas no terreno "impediram as ambulâncias e o Crescente Vermelho de entrar na área para transportar os feridos", informou a agência noticiosa palestiniana Wafa.
Este ataque ocorreu poucas horas após uma outra incursão militar israelita, também através de uma aeronave não tripulada ('drone') no campo de refugiados de Balata, na cidade de Nablus (centro), onde o Exército judaico anunciou a morte do chefe das milícias locais e de duas outras pessoas, indicou a Wafa.
Em comunicado, as brigadas Al-Aqsa, braço armado do Fatah, o partido do presidente da Autoridade Palestina, anunciaram a morte de cinco dos seus membros em Balata.
Segundo um porta-voz militar israelita, a morte de Amed Abdullah Abu Shalal, considerado o chefe das milícias locais de Balata, justifica-se pela sua "tentativa de efetuar um ataque iminente" contra soldados e por anteriores "ataques terroristas".
Em novembro, pelo menos cinco palestinianos foram assassinados num ataque com 'drone' em Tulkarem durante uma incursão militar nesta localidade, alvo de vários ataques similares desde a intensificação das operações militares israelitas na Cisjordânia e que decorrem em paralelo à invasão da Faixa de Gaza.
Em dezembro passado, um 'drone' israelita também matou seis palestinianos na cidade de Jenin, norte da Cisjordânia e onde se concentram a maioria das milícias locais que resistem à ocupação.
A Cisjordânia regista a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), com 365 palestinianos mortos por disparos e ataques israelitas desde 07 de outubro passado -- após a incursão do Hamas em território israelita e o início da ofensiva israelita em Gaza --, 41 deles abatidos desde o início de janeiro.
Desde o início da guerra em Gaza, as forças israelitas também prenderam na Cisjordânia mais de 3.000 palestinianos, dos quais 1.300 "suspeitos" de ligações ao Hamas.
Israel ocupou a Cisjordânia em 1967 e tem desde então reforçado a sua presença e intensificado a colonização da região.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.
Leia Também: Israel afirma ter eliminado "célula terrorista" na Cisjordânia