Mortalidade materno-infantil reduzida para metade na Guiné-Bissau

A mortalidade materno-infantil na Guiné-Bissau diminuiu para menos de metade na última década, segundo a União Europeia, que disponibilizou hoje mais ajuda ao país africano que tem das taxas mais elevadas do mundo de mortes no parto.

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Lusa
24/01/2024 13:45 ‧ 24/01/2024 por Lusa

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Guiné-Bissau

Desde 2013 que a União Europeia tem em curso, em conjunto com o Ministério da Saúde guineense, o "Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materna e Infantil" (PIMI), no âmbito do qual já disponibilizou 40 milhões de euros para apoiar a saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil na Guiné-Bissau.

O embaixador da União Europeia (EU) em Bissau, Artis Bertulis, entregou hoje ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, mais medicamentos e material médico, numa cerimónia, na Presidência da República, em que foram divulgados, também, números sobre os resultados do trabalho realizado na última década.

De acordo com a informação da UE, "os objetivos alcançados contam histórias de sucesso do programa, em termos de diminuição da mortalidade materna e infantil, respetivamente de 50% e de 63%, e de melhoria de acesso aos cuidados de saúde".

O apoio irá continuar, afiançou o embaixador, que entregou hoje a primeira parte de um conjunto de medicamentos e material médico, no valor de 1,3 milhões de euros (852 milhões de francos CFA).

Esta contribuição, como disse, "abrange 62 categorias de medicamentos essenciais para a saúde materna e infantil, 47 variedades de consumíveis médicos e 17 tipos de testes".

"Estes recursos serão distribuídos de forma absolutamente gratuita em todas as instalações de saúde pública do país, nas onze regiões", sublinhou, indicando que "visam atender as necessidades vitais de 450 mil mulheres e de 343 mil crianças na Guiné-Bissau".

O programa da União Europeia tem como parceiros o Instituto Marquês de Valle Flôr, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e assegura o acesso gratuito a cuidados médicos e medicamentos essenciais a todas as mulheres grávidas e crianças até aos cinco anos de idade.

O embaixador anunciou ainda que a União Europeia está a preparar uma intervenção, com um financiamento de 11 milhões de euros, destinada a fortalecer as capacidades de governação do Ministério da Saúde e outras instituições associadas.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, agradeceu o apoio e reafirmou que "a União Europeia é um grande parceiro da República da Guiné-Bissau, independentemente dos acordos bilaterais com os países membros".

O chefe de Estado garantiu ao embaixador e aos membros dos países da União Europeia presentes que "esses medicamentos serão usados de uma forma racional", com o acompanhamento do Presidente da República "para que de facto possam chegar às pessoas que têm necessidade".

"Eu garanto-vos, nunca vão encontrar esses medicamentos nas farmácias", afirmou, acrescentando que vai haver fiscalização e vincando o propósito do combate à corrupção e de uma "boa governação" na Guiné-Bissau.

Leia Também: PR da Guiné-Bissau inaugura "avenida mais bonita", mas... com ameaças

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