Josef Fritzl, o austríaco que manteve a filha em cativeiro durante 24 anos numa cave subterrânea em Amstetten, na Áustria, vai ser transferido para uma prisão normal, antes de possivelmente ser libertado, em março, avança a Reuters. A decisão foi tomada hoje por um tribunal austríaco.
O homem, de 88 anos, estava numa prisão para reclusos "mentalmente anormais", desde a sua condenação, em 2009, por incesto, violação, escravatura, coação e homicídio, por negligência do seu filho recém-nascido.
O objetivo é que o homem, que se diz mentalmente incapaz, seja entretanto acolhido num lar de idosos, onde deverá passar o resto dos seus dias.
Na semana passada, a advogada do homem, Astrid Wagner, disse ao jornal austríaco Kronen Zeitung que já estava a "tratar da obtenção de uma autorização de saída condicional".
"Se o pedido for aprovado, o que presumo que será o caso, gostaria de garantir que ele é colocado num lar para pessoas frágeis", disse, na altura.
Para a tomada de decisão, está em causa um relatório de uma especialista em psiquiatria forense da Universidade de Linz, que indicou que o recluso parece confuso nas entrevistas que cede, falando em visitas familiares que nunca aconteceram. Há ainda relatos de que terá sofrido várias quedas na prisão e que necessita de um andarilho.
Josef Fritzl foi condenado a prisão perpétua em 2009.
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